A ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, deu a entender nesta quarta-feira (29) que o governo não pretende se afastar do PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, por causa do apoio do partido ao candidato do PSDB, José Serra, à Prefeitura de São Paulo. Ela desconversou quando indagada sobre a relação do governo com o prefeito, alegando que "a eleição é municipal, se resolve no município, com autonomia dos municípios".
"A própria presidente tem deixado claro que o governo é federal e não traremos as questões das disputas locais para o âmbito federal", alegou. A ministra usou o mesmo argumento para não comentar a iniciativa do PR, partido aliado do Planalto, de lançar a candidatura do deputado Tiririca à Prefeitura de São Paulo. "Quero dizer que essas decisões dos partidos são de responsabilidade e são tratadas no âmbito municipal", acrescentou.
Um dia depois de PDT e PSB evidenciarem a insatisfação no tratamento recebido do governo na votação do projeto de lei que institui a previdência complementar para os servidores públicos federais (Funpresp), Ideli Salvatti afirmou que o governo não teme a ocorrência de rebelião na bancada de apoio no Congresso pela demora em atender às reivindicações de partidos aliados. Ela foi categórica ao afirmar que a presidente Dilma Rousseff decidirá sobre o preenchimento de cargos dos ministérios ignorando eventuais pressões de partidos.
"Na hora que tomar as demais decisões serão devidamente anunciadas", disse. "Vamos aguardar a presidente. É uma decisão da presidente. Ela tomou a decisão de incorporar o PRB por conta da importância, (o partido) era parceiríssimo no governo Lula com o vice-presidente José Alencar. Foi uma decisão que ela tomou", disse, referindo à indicação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para o cargo de Ministério da Pesca.
A votação do Funpresp, ao contrário, foi visto pela ministra como uma prova de que a base do governo na Câmara está sólida. "Ontem, fizemos uma votação complexa, importante, com margem de folgada de votos", afirmou. Ideli mostrou-se conformada com os votos contrários do PDT e PSB, alegando apenas que "é assim a vida".
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