Uma senhora de 72 anos teria sido diagnosticada como morta no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, e levada para o necrotério quando ainda estava viva. Quem faz a denúncia é a família de Maria José Neves. Segundo os netos, a aposentada teria ficado no necrotério durante quatro horas. Eles descobriram o engano na hora de vestir a avó para o enterro. A senhora retornou ao hospital em estado grave e acabou morrendo.
- Ela realmente estava viva dentro do necrotério, em cima da mesa - lembra o neto Max Santos Silva.
Quando receberam a notícia da suposta morte de Maria José, às 11h30 deste domingo, os netos pegaram as roupas para o enterro, telefonaram para a funerária e avisaram os amigos mais próximos. Quatro horas depois, voltaram ao Hospital da Posse e veio a surpresa.
- Trouxemos o caixão, tudo. Fomos em casa, trouxemos roupa. Assinei vários documentos para a liberação do corpo. Mas quando chegou a hora de abrir o saco e trocar a roupa dela, percebemos que ela estava respirando. Foi uma correria, chamamos os médicos. Ela voltou a ser medicada - conta a neta Valéria de Almeida.
A família afirma que os médicos chegaram a assinar o atestado de óbito, mas os documentos teriam sido confiscados e rasgados por funcionários do hospital. Entretanto, alguns pedaços do termo de reconhecimento do corpo foram recuperados.
A paciente já estava muito debilitada quando foi internada na segunda-feira passada. Não falava e se comunicava apenas com os olhos. Nesta segunda-feira, a família foi ao hospital saber notícias e foi informada de que a aposentada havia morrido na noite deste domingo. O óbito desta vez foi confirmado e o corpo será submetido a uma necropsia.
A família quer saber se o tempo que ela teria passado dentro do saco plástico, com dificuldades de respirar, pode ter causado a morte. A delegacia de Comendador Soares vai investigar se houve negligência médica.
- É um caso normal abrir o saco e ela estar viva? Esse fato precisa ser apurado - diz o neto Marcelo Santos.
A direção do Hospital da Posse informou que já abriu sindicância para apurar a morte da aposentada Maria José Neves. Ainda segundo a direção do hospital, ela deu entrada com diabetes, infecção generalizada e ainda enfrentava seqüelas de um acidente vascular cerebral. O Conselho Regional de Medicina disse que vai acompanhar as investigações. Serão ouvidos os médicos envolvidos no caso, o funcionário do necrotério e a família da paciente.
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