Idoso sobrevive a 600 picadas de abelha

A servidora pública Santina Buffoni Gomes, de 59 anos, passou momentos dignos de filme de terror na manhã de domingo (24). Junto com outros vizinhos, ela foi atacada por um enxame de abelhas-europa, na rua em que mora, em um bairro da Zona Leste de Marília, a 444 km de São Paulo.

"Foi horrível. Elas entravam no meu cabelo, faziam barulho no ouvido. Eu tentava tirar e não conseguia. Foi uma cena de terror", relata.

A servidora conta que o enxame atacou primeiro dois moradores que passavam pela rua. "O casal estava fazendo a caminhada deles. Eles passaram por mim, andaram cerca de 50 metros e foram atacados", lembra.

Um dos vizinhos que fazia a caminhada é Jarbas Moreno, de 61 anos. Segundo Santina, ele tem problemas de saúde e, por isso, caminha lentamente. Jarbas foi picado pelo menos 600 vezes. "Quando vi a situação saí correndo para ajudar", diz Santina. Mas quando se deu conta, a servidora já tinha se tornado vítima também.

"Corri para a casa e a mulher desse senhor [Jarbas] entrou comigo. Fomos tirando a roupa para tentar nos livrar das abelhas, até ficar só de sutiã e calcinha. Gritávamos e o pessoal que passava na rua ficou preocupado, pensou que era ladrão", relata.

O marido de Santina também tentou socorrer Jarbas e acabou atacado. "Meu marido o tirou de lá e pôs no carrro. Mas não conseguiu andar muito porque as abelhas entraram no carro", conta.

Quando o socorro chegou, já eram cinco as vítimas do enxame. Eles foram encaminhados ao Hospital das Clínicas de Marília. "Minha pressão subiu muito", contou Santina. "Tive de tomar soro, antialérgico, dipirona e remédio para estômago", enumera a servidora, que afirma ter ficado com trauma de insetos. "Ave Maria! Não posso ver nem pelo vidro. Agora, vejo mosquito e já acho que é abelha."