• Carregando...

A Arquidiocese de Curitiba lançou ontem, na Cúria Metropolitana, a Cartilha das Eleições 2006, com o intuito de promover o voto consciente. A cartilha, baseada em documento da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem 16 páginas e traz conceitos sobre política, critérios para escolha de candidatos, informações sobre a formação de comitês, propõe temas a serem discutidos e explica as funções e responsabilidades de cada cargo eletivo.

O arcebispo metropolitano, Dom Moacyr José Vitti, afirma que a Igreja não pode tomar o lugar do governo, mas tem a função de informar, esclarecer e orientar os eleitores a ter um voto cidadão. "A Igreja não pode e nem deve ficar à margem da luta política. Deve fornecer elementos que levem os eleitores e candidatos a se posicionar à luz dos princípios éticos e cristãos."

Um dos principais pontos destacados na cartilha para a escolha dos candidatos é a coerência entre os princípios religiosos, sua conduta política e pessoal e as propostas apresentadas durante a campanha. A Igreja orienta os eleitores a observar, entre outras coisas, se os candidatos são a favor de temas contrários à conduta católica, como legalização do aborto, divórcio e casamento entre homossexuais. "A Igreja não proíbe o voto, porque votar é um direito sagrado. Mas estamos tentando formar eleitores conscientes que escolham candidatos comprometidos com os princípios da família e dignidade", explicou Dom Moacyr.

A Arquidiocese de Curitiba quer ouvir e discutir as propostas e está iniciando os contatos com os candidatos a governador para a realização de um debate. O arcebispo metropolitano explicou ainda que durante as missas, os padres serão orientados a falar sobre o voto consciente.

A cartilha foi elaborada pela Comissão do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Curitiba. O conselho é formado por pessoas que fazem o trabalho de evangelização nas próprias comunidades. "Procuramos trabalhar com uma linguagem bem clara para despertar a consciência política e fazer as pessoas perceberem que política não é poder", diz Glória Xavier Pedro, da coordenação da Comissão de Leigos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]