Mão na massa
Entenda as reformas e aquisições feitas pelo Poder Público nos últimos anos:
Executivo estadual
Desapropriação de hotel
A Procuradoria Geral do Estado desapropriou um prédio onde funcionava um hotel de luxo, no bairro São Francisco. A aquisição foi liberada pela Assembleia Legislativa no final de 2012 e foram gastos R$ 25 milhões. Depois de reforma, o prédio se tornou a sede do órgão.
Reforma do Palácio Iguaçu
O prédio histórico foi desocupado em 2007 e a reforma levou cinco anos. A inauguração foi em janeiro de 2012 e toda a obra consumiu R$ 32 milhões, 38% a mais do que o valor previsto inicialmente, que era de R$ 23 milhões. Além do estouro no orçamento, a reforma da sede do governo também gerou discussão entre arquitetos e urbanistas, que acusavam o governo de realizar mudanças indevidas no projeto original.
Legislativo estadual
Reforma no prédio da AL
A reforma dos gabinetes dos deputados estaduais entre 2012 e 2013 consumiu
R$ 1,1 milhão, sem contar a compra de itens como móveis e equipamentos de informática.
Judiciário
Anexo do TJ-PR
A construção do prédio anexo ao Tribunal de Justiça foi finalizada e entregue em 2011. Foram gastos R$ 48 milhões. A obra foi alvo de suspeita, mas votação do CNJ, na época, definiu que não havia irregularidades no processo.
Novo edifício
O TJ-PR comprou um imóvel comercial no Alto da Glória, para ser uma das sedes do órgão. O então Edifício Essenfelder passou a se chamar Palácio da Justiça Sede Mauá e custou R$ 90,7 milhões aos cofres públicos. A desapropriação gerou polêmica, pois há anos a seccional do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) vem alertando sobre os problemas da atual sede do Fórum Cível e pressionando pela construção de um novo espaço.
Legislativo municipal
Palácio Rio Branco
A reforma do Palácio Rio Branco, prédio histórico que integra a Câmara de Vereadores, foi estimada em R$ 1,2 milhão. Foram dois anos de trabalho, entre outubro de 2010 e abril de 2012.
As sedes dos principais órgãos públicos localizadas em Curitiba passaram por reforma, compra de imóveis ou modernização, nos últimos anos. O valor investido nas obras e aquisições de edifícios para abrigar setores da administração pública foi de pelo menos R$ 197 milhões, de acordo com levantamento da Gazeta do Povo. Em dois anos, foram pelo menos seis grandes obras ou entregas na Câmara dos Vereadores de Curitiba, no Centro e em prédios que compõe o conjunto do Centro Cívico.
As reformas e aquisições de prédio foram justificadas pela falta de espaço ou pelo fato de os prédios serem antigos e terem ficado muitos anos sem manutenção. A reforma do Palácio Iguaçu, entre 2006 e 2012, foi a primeira grande intervenção no imóvel desde a sua inauguração, em 1954.
Muitas obras estão envolvidas em suspeita de polêmicas sobre superfaturamento, atrasos e necessidade de recursos extras para finalização. Exemplo disso foram as reformas nos gabinetes da Assembleia Legislativa, a desapropriação de um antigo hotel pela Procuradoria Geral do Estado e a compra de um prédio comercial pelo Tribunal de Justiça no Paraná (TJ-PR).
Tribunal de Justiça
Em setembro desse ano, uma reforma proposta pelo TJ-PR foi questionada. O órgão lançou edital para obras no prédio principal do Judiciário paranaense, a custos estimados em R$ 79 milhões. O edital foi publicado enquanto Clayton Camargo comandava o órgão. O desembargador foi afastado e Paulo Vasconcelos, que o substituiu interinamente, revogou o documento. O edital foi retomado quando Camargo voltou ao cargo, mas logo em seguida ele pediu aposentadoria e renunciou à presidência. Na época, o próprio TJ admitiu que o edital fora revogado para evitar falhas na concorrência.
Em setembro, a Gazeta do Povo veiculou reportagem sobre irregularidades na publicação do edital. O documento disponível na internet não mostrava, em detalhes, o que seria reformado no prédio do tribunal. Na época, especialistas avaliaram que as medidas dificultavam o acesso ao edital e geravam suspeitas sobre o processo licitatório.
Também em setembro, documentos obtidos pela Gazeta do Povo mostraram que o então presidente teria ignorado pareceres do corpo técnico do Departamento de Engenharia e Arquitetura (DEA), do próprio TJ, durante a formatação da licitação da reforma.
De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, os projetos referentes à reforma foram reavaliados. O sistema de ar condicionado que será instalado foi substituído e também foi cortada a construção de um estacionamento subterrâneo. Em nota, o TJ informou que o novo edital para licitação da obra já está finalizado e existe a previsão de retomada da licitação em janeiro de 2014.
TC quer prédio novo no valor de R$ 40 mi
A sétima obra de grande porte em órgãos públicos prevista é a reforma e ampliação do prédio anexo à sede do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR). Em fase de licitação, a empreitada pode custar até R$ 40 milhões e prevê a construção de um novo prédio de nove andares, ao lado do atual.
De acordo com o edital, a obra é necessária por falta de espaço nas instalações atuais para acomodar funcionários e equipamentos. Além de novos gabinetes e auditório, também estão previstas mais vagas de estacionamento.
A sede e o prédio anexo do TC-PR abrigam cerca de 670 funcionários. O prédio principal é menos funcional, onde estão instalados o plenário, capela, hall de entrada e o refeitório. O anexo tem seis andares e é onde ficam os gabinetes dos servidores do órgão. O Tribunal não se pronuncia sobre a obra, uma vez que o processo licitatório ainda está em andamento.
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