Candidato a vice
Stephanes rejeita convite e sugere Marcelo Almeida
Favorito de Osmar Dias (PDT), o deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB) disse ontem que não quer ser candidato a vice-governador. Ele foi convidado por representantes de PMDB, PT e PDT na quarta-feira à noite e que pediu tempo para pensar. "Falei isso por uma questão de ética, educação, mas a verdade é que isso nunca fez parte do meu projeto."
Ex-ministro da Agricultura, Stephanes será candidato à reeleição à Câmara dos Deputados e é cotado para voltar ao ministério em caso de vitória da petista Dilma Rousseff na disputa presidencial. "Tenho um respeito e uma admiração muito grande pelo Osmar e acho que a aliança tem muita chance de dar certo.."
Ele afirmou que o melhor nome do PMDB para a vaga é do também deputado federal Marcelo Almeida. "É alguém tecnicamente preparado, que fez uma ótima gestão como diretor do Detran (2003 a 2006)." A principal barreira a Almeida, no entanto, seria o vínculo com a empresa da família, a CR Almeida, que controla concessionárias de pedágio no estado.
Outros peemedebistas cotados são os também deputados federais Rodrigo Rocha Loures e Osmar Serraglio. Na Assembleia Legislativa, o favorito é Caíto Quintana. Corre por fora o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano Renato Adur. (AG)
Curitiba e Brasília - Prometida para ontem, a confirmação do senador Osmar Dias (PDT) como candidato ao governo do estado não saiu. Agora o motivo para o adiamento da resposta de Osmar seria a indefinição dentro do PT e PMDB. Os dois partidos negociam as condições impostas pelo governador Orlando Pessuti para desistir da candidatura ao governo do estado.
Os peemedebistas enfrentam ainda uma disputa interna entre Pessuti e o ex-governador Roberto Requião. Cada um quer preponderar nas negociações, em especial na indicação do candidato a vice de Osmar. "No período mais difícil, pouca gente quis participar. É a história do patinho feito que virou cisne e agora todo mundo quer levar para casa", disse o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB).
Outro impasse é a reprodução, na disputa para vagas na Assembleia e na Câmara Federal, da aliança que será feita na eleição ao governo. O PMDB insiste em fechar a coligação com o PT e o PDT também na chapa para deputado federal e estadual. Os petistas, no entanto, resistem a essa proposta.
"O Pessuti, num gesto de desprendimento, falou que poderia deixar de ser candidato desde que houvesse uma grande coligação, na qual os interesses partidários de todos fossem contemplados. Se nós, que temos um candidato ao governo do estado, abrimos mão da cabeça [de chapa], cada um tem de dar a sua contribuição", afirmou o presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi.
Os peemedebistas querem estar coligados na disputa às vagas de deputados porque garantiriam bancadas maiores. Já o PT acredita que, com essa composição, sua participação na Assembleia e na Câmara tende a diminuir.
Na tarde de ontem, Pugliesi e os presidentes estaduais do PT, Ênio Verri, e do PDT, Augustinho Zucchi, se reuniram para tratar da coligação entre as três legendas na eleição para deputado. O tema deve afetar outros parceiros, como PCdoB, PSC, PRB e PR.
Ainda havia a expectativa de um encontro entre Osmar Dias e Orlando Pessuti durante a noite, em Curitiba para definir alguns detalhes. A reunião, porém, não foi confirmada. Segundo a assessoria de Pessuti, ele passaria a noite em casa em repouso para de recuperar de fortes dores nas costas.
A intenção do PMDB é que a questão da aliança esteja fechada até a convenção do partido, no domingo, mesma data da convenção petista. "Nós queremos ir para essa convenção com o quadro definido. Acho que esses problemas não deveriam ultrapassar o dia de amanhã [hoje]", disse Pugliesi.
Segundo a candidata do PT ao Senado, Gleisi Hoffmann, a formação de uma chapa conjunta na eleição para deputado prejudicará, em especial, os parlamentares estaduais do partido. "Além disso, ainda precisamos ver outras vagas que estão abertas. Entre elas, as duas da suplência de Requião para o Senado."
Gleisi garantiu que as discordâncias não serão problema para a oficialização da aliança. Ela também adiantou que o presidente Lula e a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, devem comparecer ao estado em um evento preparado para celebrar a união entre os três partidos. O encontro pode acontecer no próximo fim de semana.
Já o anúncio da formalização da chapa, que deveria ter sido feito ontem em uma entrevista coletiva em Curitiba, ainda não tem data para ocorrer. A tendência é que seja amanhã, para não concorrer com o jogo entre Brasil e Portugal, hoje. O adiamento ocorreu a pedido de Pessuti, que requisitou mais tempo para negociar internamente e com os petistas.
Enquanto isso, prossegue a possibilidade de que a aliança seja desfeita caso Alvaro Dias (PSDB) seja indicado a vice de José Serra. As chances, no entanto, são quase remotas (veja mais na reportagem abaixo). O próprio Osmar também disse anteontem que não esperaria até o fim de semana por uma resposta dos tucanos. Já Serra afirmou que a escolha de seu vice só deve sair a partir de amanhã.
Congresso fecha lista do “imposto do pecado”; veja o que terá sobretaxa e o que escapou
Militares dependem da boa vontade de Moraes para garantir direitos fundamentais; acompanhe o Sem Rodeios
Como funciona a “previdência militar” que o Congresso vai rever
Briga com Congresso por verbas do Orçamento revela governo sem margem de manobra