Levy disse ainda que o governo tomou todas as medidas “possíveis e necessárias” para manter a economia andando, mas que a situação atual é “desafiante”| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/

Em sua primeira manifestação pública sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) defendeu que o Congresso suspenda o recesso parlamentar em janeiro para tratar dessa questão rapidamente. “Será importante acelerar a discussão do impeachment. Quanto mais cedo você superar isso, melhor”, afirmou o ministro em teleconferência realizada nesta quinta-feira (3) pelo banco Brasil Plural e divulgada nesta sexta-feira (4) pelo ministério.

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O Palácio do Planalto também trabalha para apressar o desfecho do processo, enquanto parte da oposição prefere prolongar a discussão até 2016.

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Levy afirmou que, apesar de toda a turbulência causada pela deflagração do processo de impeachment, foi possível aprovar na quarta-feira (2) a mudança da meta fiscal de 2015. O Congresso autorizou o governo federal a fazer um deficit de até R$ 119,9 bilhões, o que possibilitou rever o bloqueio de R$ 11,2 bilhões em despesas do Orçamento. “Apesar disso, as coisas continuam sendo votadas, há medidas importantes no Congresso”, afirmou. “Como vimos ontem [quarta], apesar de toda a turbulência, as coisas continuam andando.”

Segundo Levy, a realização de votações no primeiro mês do ano também contribuiria para aprovar mais rapidamente as medidas de ajuste das contas públicas necessárias para que o governo atinja a meta de economizar 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016.

Sobre a meta do próximo ano, afirmou que ela não é “tão ambiciosa” e que a estratégia é continuar controlando gastos e aprovar a volta da CPMF, para ajudar neste momento de desaceleração econômica.

Citou também o projeto de repatriação de recursos não declarados no exterior entre as medidas que dependem do Legislativo. “A tarefa mais difícil será votar todos os esforços para alcançar isso [a meta].”

Levy disse ainda que o governo tomou todas as medidas “possíveis e necessárias” para manter a economia andando, mas que a situação atual é “desafiante”.

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