Brasília (Folhapress) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em seu programa semanal de rádio, que a aprovação da MP do Bem não vai provocar queda na arrecadação, porque "as pessoas vão poder pagar de forma mais justa, sem serem extorquidas".
Na avaliação do presidente, "essa é a verdade". O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo ficou em 35,9% do Produto Interno Bruto no ano passado e deve crescer neste ano.
Aprovada no fim da semana passada, a MP de 134 artigos tem o objetivo de incentivar os mais diferentes setores, como informática, prestadores de serviço e empresas exportadoras. O governo deve deixar de arrecadar em torno de R$ 5 bilhões, de acordo com os cálculos preliminares da Receita Federal.
No "Café com o Presidente", ontem de manhã, Lula indicou que, apesar de abrir mão de receitas, o texto vai trazer mais pessoas para o sistema tributário, o que compensaria a renúncia fiscal.
O presidente afirmou que a MP "estimula o investimento e o crescimento", o que "significa emprego, mais salário e melhor condição de vida para o trabalhador brasileiro".
Lula citou também um programa que patina há algum tempo, o PC Conectado, que tem o objetivo de financiar computadores. A idéia inicial era que as máquinas começassem a ser vendidas em dezembro passado, mas até agora o projeto ainda não foi implementado.
A MP, de acordo com Lula, beneficia o programa, porque isenta de impostos os computadores de até R$ 2.500.
Lula aproveitou o programa para cumprimentar os parlamentares, que ganharam parabéns pela aprovação MP 255. "O Congresso tem ajudado o país, tem ajudado o governo", disse o presidente. A medida provisória havia sido apelidada de MP do Bem pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, porque passaria facilmente no Congresso, por só haver boas medidas. Mas a guerra de lobbies acabou dificultando a tramitação, e o governo foi até obrigado a colocar o texto em outra MP.
Cúpula das Américas
Lula destacou ainda que a 4.ª Cúpula das Américas é importante para a troca de experiências entre os países da América Latina, Canadá e Estados Unidos. A cúpula, que será realizada nesta semana em Mar del Plata, na Argentina, tem como tema principal a geração de empregos e o papel dos governos na promoção do desenvolvimento.
"É importante porque vai ser uma espécie de troca de experiências. (Veremos) O que está acontecendo em cada país para o crescimento econômico, o que está acontecendo para a geração de empregos, o que está acontecendo para a distribuição de renda", afirmou.
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