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Movimentação de jornalistas com a chegada do último foragido da operação Lava Jato: Adarico Negromonte | Aniele Nascimento
Movimentação de jornalistas com a chegada do último foragido da operação Lava Jato: Adarico Negromonte| Foto: Aniele Nascimento
  • Advogados dos presos na operação Lava Jato aguardam visitas de familiares do lado de fora da sede da Polícia Federal
  • Rafaella Pinheiro Santos (a frente) e Manoella Pinheiro Guimarães, filhas de Leo Pinheiro, da OAS, foram visitar o pai, que está preso na sede da PF
  • Advogados dos presos na operação Lava Jato aguardam visitas de familiares do lado de fora da sede da Polícia Federal
  • Mulher de Leo Pinheiro, da OAS, aguarda para visitar o marido na sede da Polícia Federal acompanhada de advogados. Ao fundo, as duas filhas: Rafaella (dir.) e Manoella (esq.)
  • Hora do lanche: jornalistas, advogados e policiais federais fazem jornada intensa na sede da Polícia Federal
  • Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde 13 pessoas estão presas suspeitas de envolvimento no escândalo da Petrobras
  • Mulher de Leo Pinheiro, da OAS, deixa a sede da Polícia Federal acompanhada de advogados. Ao fundo, as duas filhas: Rafaella (esq.) e Manoella (dir.)
  • Rafaella Pinheiro Santos, filha de Leo Pinheiro, da OAS, foi visitar o pai acompanhada da irmã e da mãe
  • Movimentação de jornalistas em torno de advogados de presos da operação Lava Jato
  • Advogados do doleiro Alberto Youssef conversam no saguão da sede da Polícia Federal, em Curitiba
  • Movimentação de jornalistas em torno de advogados de presos da operação Lava Jato
  • Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde 13 pessoas estão presas suspeitas de envolvimento no escândalo da Petrobras
  • Maira Franca Negromonte foi visitar o pai, Adarico Negromonte, que estava preso na sede da Polícia Federal. Ao fundo, o irmão dela, Adarico Negromonte Neto. Na sexta-feira, o suspeito acabou solto
  • Mulher de Leo Pinheiro, da OAS, deixa a sede da Polícia Federal acompanhada de advogados e das filhas
  • Advogado deixa a sede da Polícia Federal depois de visitar seu cliente
  • Movimentação de jornalistas em torno de advogados de presos da operação Lava Jato

Enquanto uma criança brinca à espera dos pais na fila do passaporte e um coral da terceira idade faz uma apresentação de Natal para os funcionários da Superintendência da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida, em Curitiba, pelo menos 60 profissionais da imprensa se revezam em busca de informações da operação Lava Jato. A rotina tem sido essa pelo menos desde o dia 14 de novembro, quando foi deflagrada a última fase da operação, em que 25 pessoas foram presas – a maioria, executivos de grandes empresas.

SLIDESHOW: Veja as fotografias da movimentação causada pela operação Lava Jato

A administração do local chegou a colocar mais assentos no saguão para acomodar a todos. Lá, os jornalistas aproveitam para fazer novas amizades entre os "concorrentes". Quem acaba de chegar é sempre orientado pelos demais sobre os procedimentos-padrão. Os novos colegas até combinaram um churrasco de confraternização para 20 de dezembro, data de início do recesso do Judiciário e a partir de quando (espera-se) deve haver uma pausa no tema.

O bate-papo, acompanhado de lanches compartilhados – às vezes, comprados na barraquinha da Elaine, que afirma estar lucrando R$ 100 por dia –, só é interrompido com a passagem de engravatados e, raras vezes, de foragidos indo se entregar, presos sendo libertados e até de outros detentos que nada têm a ver com o caso. "É artista que tá aí?", perguntou uma mulher que saía da fila de passaportes. Apenas um dos tantos curiosos que diariamente questionam o porquê de tantas câmeras.

Alguns advogados chegam a ir à PF três vezes ao dia. A maioria deles é prestativa com os jornalistas, mas alguns preferem não falar ou se identificam apenas como "motoristas" para evitar questionamentos. Um dos defensores contou que os fumantes, por exemplo, tiveram de recorrer a adesivos de nicotina. Disse também que o doleiro Alberto Youssef está em uma cela separada dos demais.

As duas quartas-feiras depois do início da última fase da operação tiveram um movimento a mais: é dia de visitas na PF, mas pode ser apontado também como dia de desfile de roupas, sapatos e bolsas de grife. Na última quarta, numa cena inusitada, a esposa de um dos presos mostrou o dedo do meio para uma câmera de tevê: Raquel, mulher do funcionário da OAS José Ricardo Breghirolli, apelidou os jornalistas de "urubus fracassados". "Se tivessem estudado não teriam virado jornalistas", afirmou.

Youssef

STF pode homologar nesta semana 150 horas de delação

Para esta semana, a expectativa é de novos desmembramentos da operação Lava Jato. O evento mais esperado é a possível homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Os depoimentos dele, que somariam 150 horas, foram finalizados na última quarta-feira na Polícia Federal. A defesa do doleiro espera que ele consiga ir para regime aberto depois de homologada a delação.

A expectativa é que a colaboração revele nomes de políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, mas ainda não se sabe se o conteúdo da delação será aberto. É provável que a homologação siga o mesmo rito da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, cujo conteúdo ainda não foi divulgado oficialmente. Com os indícios levantados, podem ser deflagradas novas fases da operação ainda neste ano.

Também nesta semana, os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) devem analisar documentos obtidos na Suíça. Até agora, o governo suíço autorizou a repatriação de US$ 26 milhões que estavam nas contas mantidas por Paulo Roberto no país, mas a quantia total a ser repatriada deve ser bem maior.

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