Desde a redemocratização, em 1988, mais de 500 parlamentares foram investigados ou respondem a ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Desses, apenas 16 foram condenados no exercício do mandato por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verba pública; oito cumpriram ou ainda cumprem pena; outros três recorreram da condenação; e cinco conseguiram escapar da pena por prescrição.

CARREGANDO :)

Levantamento do Congresso em Foco, que já leva em conta a nova legislatura, revela que hoje tramitam no STF um total de 358 investigações entre inquéritos e ações penais contra ao menos 172 parlamentares, quase um terço do Congresso Nacional. No total, 141 deputados e 31 senadores são investigados ou respondem a processos em quase 60 tipos de crimes.

De acordo com os dados, apenas sete partidos, dos 28 representados no Congresso, estão com a ficha limpa. Entre as siglas com mais investigados, o PP está à frente com folga: quase 70% de sua bancada é alvo de investigação. Em segundo, vem o PR (39%), seguido de PMDB e PDT (35%), PSDB (24%) e PT (21%). As acusações mais comuns são, na ordem: crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores (75), crimes da Lei de Licitações (71), corrupção passiva (69), peculato, quadrilha, crimes eleitorais, de responsabilidade, contra o sistema financeiro e a ordem tributária.

Publicidade

A grande quantidade de processos distribuídos por ministro, aliada à morosidade do Judiciário e à infinidade de recursos possíveis para protelar as decisões, estão entre as justificativas para a lentidão dos julgamentos.