O Incra firmou dois convênios com uma associação agrícola ligada ao líder regional do MST na região de Bauru (SP), Miguel da Luz Serpa preso nesta semana durante a Operação Laranja, da Polícia Civil, que prendeu nove pessoas ligadas ao MST suspeitas de comandar a invasão e depredação da fazenda Cutrale, localizada no interior de São Paulo. Os dois contratos, no total de R$ 222 mil, foram assinados em 2007 entre o Incra e a Associação Regional de Cooperação Agrícola da Reforma (Acar), da qual Miguel era diretor na época. As informações são da ONG Contas Abertas.
O primeiro contrato assinado por Serpa com o Incra foi fixado em R$ 180 mil e tinha como objetivo a erradicação de raízes de cana-de-açúcar com intervenções de máquinas agrícolas. O segundo convênio, que beneficiou a Acar em R$ 42 mil, foi destinado a implantar "ações de capacitação para trabalhadores assentados na região de Iaras, no estado de São Paulo". A fazenda Cutrale, que teve dois hectares de laranjeiras destruídos em setembro por integrantes do MST, fica nessa região.
Ainda segundo a Contas Abertas, a Acar também recebeu R$ 70 mil da Conab, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura. O dinheiro foi destinado à "compra antecipada especial da agricultura familiar".
Mobilização
Na esteira das prisões de lideranças do MST, O Fórum Social Mundial se mobilizou contra a criminalização dos movimentos sociais. O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, um dos intelectuais mais respeitados do movimento contra a globalização, afirmou que a "perseguição" das organizações populares no Sul do Brasil "inquieta" o movimento contra a globalização.
O líder do MST, João Pedro Stédile, criticou ontem a ação da Polícia Civil de São Paulo na prisão de nove pessoas ligadas ao MST. Ele disse que "ocupar terra pública não é crime" e prometeu uma campanha "de denúncia" contra a Cutrale por injustiças que atribuiu às atividades da fabricante de suco.
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