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Brasília (Folhapress) – A rejeição de 46,7% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontada pela pesquisa CNT/ Sensus, divulgada ontem, dificulta o projeto de uma eventual reeleição, de acordo com análise do responsável pelo estudo. "Com uma rejeição de 35%, o candidato está dentro do jogo político. Com 40% ou mais, nunca vi alguém se eleger", afirmou o presidente do instituto, Ricardo Guedes. "Com esses indicadores, fica difícil a reeleição."

O raciocínio é o seguinte: cerca de 20% do eleitorado opta por abstenção, voto branco ou nulo. Sobrariam portanto 80% a ser divididos por dois candidatos. Rejeição acima de 40% daria a vitória ao outro candidato. O porcentual dos eleitores que disseram que não votariam no presidente Lula era de 39,3% no último levantamento da CNT/Sensus, em setembro.

Na semana passada, Lula disse em entrevista à emissoras de rádios que iria disputar as eleições e depois afirmou que foi um lapso.

Disputa

Mesmo com os mais baixos índices de aprovação e o maior nível de rejeição, Lula apareceu na frente de todos os candidatos em todas as simulações de primeiro turno realizadas.

No cenário de segundo turno, o atual presidente é ultrapassado pelo prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB). Na pesquisa de setembro, os dois apareciam empatados tecnicamente: Lula tinha 37,9% e Serra, 37,5%. Agora, o prefeito de São Paulo aparece com 41,5% e Lula tem 37,6%. O presidente do Sensus afirmou que a possibilidade de eles estarem empatados é de aproximadamente 32%.

Derrota

A pesquisa mostrou ainda que a maioria achou que a vitória do "não" no referendo do desarmamento no mês passado representou uma derrota do governo federal: 51% dos entrevistados se manifestaram dessa forma contra 36,2% que disseram que não. Após a vitória do "não" no referendo, 13,5% dos entrevistados dizem estar mais propenso a comprar uma arma de fogo e 80,2% dizem que não. Os índices de confiança na economia não apresentaram grandes alterações em relação ao levantamento de setembro. O número dos que confiam na economia brasileira nos próximos seis meses passou de 41,2% para 42,3% e dos que não confiam cresceu de 48,6% para 49,4%.

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