"Vejo preocupantes sinais de que o governo Requião quer aplicar um golpe na Paranaprevidência, que pode resultar em graves prejuízos para os funcionários públicos do estado que dependem da instituição para garantir sua futura aposentadoria."

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Valdir Rossoni (PSDB), líder da oposição na Assembléia.

Indício – Para o deputado Valdir Rossoni, a recente declaração do novo diretor-jurídico da Paranaprevidência, Francisco Alpendre, de que a Paranaprevidência teria uma dívida de R$ 5 milhões com o governo, ao invés de ser credora do estado, seria um indício do "golpe". A declaração de Alpendre foi publicada na sexta-feira pela Gazeta do Povo. Segundo Alpendre, o governo estaria pagando dívidas judiciais que seriam da Paranaprevidência. Daí, a condição de credor do estado.

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Premissas falsas – "O raciocínio desenvolvido pelo diretor da Paranaprevidência parte de premissas falsas. Não é verdade que o plano inicial da Paranaprevidência incluiu o passivo judicial", disse Rossoni. "Conforme consta dos Artigos 109 e 110 da Lei 12.398/98, que criou a Paranaprevidência, o estado do Paraná assumiu todos os processos judiciais do extinto IPE em que ele figurasse como parte. Desse modo, todas as dívidas judiciais vencidas e a vencer são de responsabilidade do estado", disse o deputado.

Merece – O líder do governo na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), não gostou da iniciativa de Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) de questionar as aparições diárias na TV Educativa do pré-candidato a prefeito Carlos Moreira Júnior, reitor da UFPR. "Não há privilégio. Um intelectual como ele pode fazer comentário sobre qualquer tema", disse.

Aberto – Mas Romanelli afirmou também que a escolha do candidato a prefeito do PMDB deve ser feita por um colegiado maior do que o diretório. O deputado defende uma consulta aos delegados por bairros. "Não dá para escolher um nome num gabinete e a direção não pode impor um candidato", disse. Na lista de nomes que precisam ser avaliados pelo partido, Romanelli apontou até o deputado federal Marcelo Almeida.

Mistério – O deputado estadual Ney Leprevost (PP) disse que pretende "abrir a caixa-preta" do Teatro Guaíra. Ele apresentou ontem um requerimento pedindo informações sobre as regras para agendamento de shows e espetáculos e se o governador opina na agenda teatral. "Tenho recebido muitas reclamações de produtores que tentam promover eventos, mas a direção do Guaíra não libera datas nem explica a razão de tanta burocracia."

Fico – O secretário estadual da Saúde, Cláudio Xavier, negou ontem que irá ser substituído. "Desconheço essa informação", disse ele. Recentemente, a possível substituição de Xavier foi ventilada na imprensa. E até o nome de um substituto apareceu: o deputado estadual Felipe Lucas (PPS).

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Estatuto – O Ministério Público Estadual (MP) informou ontem que a presença de dois membros da instituição no Conselho da Polícia Civil do Paraná é prevista pela Lei Complementar Estadual 98/03. Segundo o MP, quem faz a indicação deles para o Conselho é o procurador-geral de Justiça. Sendo assim, não se trataria de cargos diretamente vinculados ao governo estadual. Por isso, de acordo com o MP, os promotores de Justiça Antônio Carlos Staut Nunes e Mônica Sakamori não estão ilegais no conselho – embora o STF tenha entendido que sim, na mesma decisão que afastou Luiz Fernando Delazari da Secretaria de Segurança.

Motivos pessoais – O vice-prefeito de Ponta Grossa, Rogério Bocchi Serman (DEM), assumiu o comando da cidade. O prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) se afastou por 15 dias para tratar de assuntos particulares. A própria assessoria de imprensa da prefeitura confirma que ele vai se dedicar à empresa madeireira que administra, que já foi a maior contratante do município, e que hoje está em processo de recuperação judicial.Pinga-fogo

A Câmara de Vereadores de Matinhos, no litoral do Paraná, aprovou por 5 votos a 3 a criação de uma comissão processante que vai investigar o motivo pelo qual o prefeito da cidade, Francisco Carlim dos Santos (PSDB), o "Xiquinho", não apresentou a prestação de contas do município em 2006 para o Legislativo municipal, o que contraria lei da cidade. ••• A comissão, que será presidida pelo vereador Júnior Castro (PP), terá 90 dias para apurar a denúncia e pode, ao fim dos três meses, recomendar a cassação de Xiquinho. ••• Os servidores da prefeitura de Paranavaí, que estavam em greve desde quarta-feira passada, voltaram ao trabalho ontem. A categoria concordou com a formação de uma comissão paritária para acompanhar, mensalmente, a evolução das finanças do município para, assim que for financeiramente possível, o município promover reajustes salariais. ••• Se a arrecadação aumentar, segundo o prefeito Maurício Yamakawa, será possível reestruturar o plano de cargos e salários.