Os índios das tribos Tupiniquim e Guarani, que disputam terras com a Aracruz Celulose no Norte do Espírito Santo, deixaram a área na tarde desta terça-feira, para se reunirem com o prefeito do município, Ademar Devens. Segundo o cacique Jaguareté, que participa da demarcação de terras, os indígenas voltaram a cortar pés de eucaliptos nesta manhã.
O manifesto é contra a demora da Funai em emitir um parecer sobre a posse das terras. De acordo com o cacique, os índios vão manter o protesto até que haja uma resposta do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Em nota, a Aracruz Celulose se diz otimista:
"A Aracruz confia em uma decisão favorável do Ministro da Justiça, já que sua contestação ao relatório da Funai contém elementos suficientes para demonstrar que a empresa não ocupa e nunca ocupou terras indígenas, que nunca expulsou índios de suas terras, e que adquiriu suas terras de forma legal".
Um estudo feito pela Funai há nove anos mostra que 11 mil hectares usados pela empresa seriam de seis aldeias de tribos tupi e guarani. Um parecer da Procuradoria Geral em favor dos índios está nas mãos do presidente da Funai em Brasília, Mércio Pereira. O documento está pronto há duas semanas, mas ainda não foi entregue Thomaz Bastos, que vai decidir quem vai ficar na terra.
Na última semana, foram derrubados cerca de 26 hectares de uma plantação de eucaliptos da empresa. Segundo a Aracruz Celulose, os prejuízos já chegam a R$ 1 milhão. Ainda de acordo com a empresa, cerca de 150 índios estão no local. Eles teriam impedido que os funcionários da empresa retirassem as árvores derrubadas na semana passada e teriam tomando quatro motosserras dos homens que tentavam desobstruir a estrada tomada pela madeira.
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