São Paulo (Folhapress) Índios da reserva indígena Raposa Serra do Sol (área de 1,7 milhão de hectares no noroeste de Roraima) colocarão pranchas de madeira em parte das duas pontes que foram incendiadas na quinta-feira.
A medida é uma tentativa de permitir a retirada de ônibus e caminhões da área da aldeia da Maturuca, informou o diretor-executivo da Funai de Roraima, Gonçalo Teixeira da Costa.
Os incêndios nas pontes deixaram isolada do estado grande parte das cerca de 3 mil pessoas que participam na aldeia das festividades em comemoração à homologação da reserva, iniciadas na quarta-feira. O incêndio foi criminoso, mas ainda não se sabe quem ateou fogo nas pontes.
O tráfego de veículos de pequeno porte está liberado nas duas pontes. O tenente-coronel Augusto César de Andrade, responsável pela comunicação da 1.ª Brigada de Infantaria da Selva (que engloba o norte do Amazonas e todo o estado de Roraima), afirma que os militares ainda não foram chamados a reconstruir parte da ponte que passa sobre o rio Urucuri e dá acesso à parte norte da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Entretanto, segundo Najib Lima, coordenador do grupo executivo do Conselho Gestor das Ações do Governo Federal em Roraima, o Exército deverá consertar a ponte e tomar providências emergenciais para garantir o tráfego de veículos de grande porte. "Com quatro pranchões de ferro, de 6,5 metros cada um, será possível fazer uma ponte auxiliar", explica Costa.
Na aldeia da Maturuca ocorrem as comemorações organizadas pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR). Os índios celebram o período de colheitas e a homologação da Raposa Serra do Sol, decretada em 15 de abril.
O secretário estadual dos Direitos Indígenas Adriano Nascimento, disse ontem acreditar que os responsáveis por queimar o Centro de Formação e Cultura Raposa Serra do Sul (antiga missão Surumu), no último sábado, também estavam envolvidos no atentado à ponte.
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