• Carregando...

A desmilitarização do trabalho dos controladores de vôo deve ser vista com "cautela" por se tratar de uma mudança estrutural e sem volta, de acordo com o presidente a Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. Atualmente, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo responde ao Comando da Aeronáutica.

Para ele, "não interessa se é civil ou militar, o que interessa é que o sistema seja eficaz, seguro e econômico para o país". Mas alertou para que não haja sobreposição de funções.

- Você não pode ter um radar civil e um militar fazendo a mesma coisa. Ter um controlador civil e um militar na mesma área também não faz muito sentido. Não há problema nenhum em criar um sistema civil, mas é necessário muita cautela de modo que não se desperdice dinheiro - afirmou o brigadeiro, em entrevista à TV Nacional.

O brigadeiro destacou que o atual modelo brasileiro garante integração e segurança. Ele citou como exemplo o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos, quando houve demora na comunicação entre o sistema civil e o militar, que lá funcionam separados. Segundo ele, no Brasil o controle dos vôos civis e dos vôos militares são feitos em salas separada, mas comandadas por uma mesma pessoa e com equipamentos em comum.

- Isso facilita bastante a integração dos procedimentos, inclusive em situações de emergência - afirma.

Para o brigadeiro José Carlos Pereira será possível resolver a questão e aponta uma solução de "meio termo".

- Não podemos dispensar o controle puramente militar, e por outro lado, investir uma quantidade enorme de recursos para promover uma separação radical também não faz sentido. Tenho a impressão que se chegará a um meio termo, atendendo as questões de carreira.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]