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O inquérito da Polícia Federal com as conclusões sobre a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, aponta que a tese da defesa do ex-ministro Antônio Palocci "é pouco provável". Segundo o documento, entregue nesta segunda-feira, à Justiça Federal, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o ex-assessor de imprensa, o jornalista Marcelo Netto "serviram como instrumento" ao ex-ministro Antônio Palocci.

Em seus depoimentos à PF, Palocci e Netto negaram qualquer envolvimento na divulgação dos dados sigilosos do caseiro. Matosso teria alegado que foi sua a iniciativa de pesquisar na Caixa para ser se o caseiro tinha conta bancária no banco e apenas repassou os dados a Palocci.

Nos depoimentos, Marcelo Netto se reservou o direito de permanecer em silêncio, duas vezes, respondendo sem compromisso apenas algumas perguntas, sem o compromisso de falar a verdade ou de não omiti-la. Seu indiciamento foi mantido, pois não respondeu à pergunta se foi sua a iniciativa de revelar os extratos bancários de Francenildo.

Mas para a PF, "em termos de investigação, de formação profissional policial, de lógica comum e de bom senso", a causalidade apontada pelos acusados é "pouco provável". Para a PF, Mattoso não tinha nenhum motivo pessoal para tal pesquisa e Marcelo Netto, como profissional da área de comunicação era a pessoa mais indicada para propagar na imprensa informações privilegiadas obtidas por intermédio de Mattoso.

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