Os inquéritos contra políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, desvendado pela Operação Lava Jato, chegarão ao Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro, possivelmente depois do carnaval. As denúncias contra os políticos com mandato eletivo devem ser avaliadas pelo Supremo porque eles têm direito a foro privilegiado.
O cronograma de trabalho da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi discutido ontem em Brasília por um grupo de procuradores montado para auxiliar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O procurador-geral havia anunciado no ano passado que levaria ao Supremo os inquéritos das autoridades envolvidas na volta do recesso do Judiciário que acaba na próxima segunda-feira. A menos de uma semana da retomada dos trabalhos da Justiça, o procurador ainda não está seguro de que conseguirá remeter os casos antes do carnaval. Mas ele segue com o mês de fevereiro como prazo final.
Janot quer enviar todos os inquéritos e denúncias ao mesmo tempo para o STF para "tirar o peso" da Lava Jato das costas da PGR. A partir daí, caberá ao Supremo conduzir as decisões sobre a investigação de autoridades e parlamentares.
Até o momento, os casos de autoridades referentes à Lava Jato têm permanecido em segredo de Justiça. Segundo informações apuradas pela imprensa, há pelo menos 28 políticos envolvidos.
Lula seguirá o caminho de Dilma? O que há de similar e diferente nos dois governos
Com fim do prazo de defesa de Bolsonaro, como vai andar processo do suposto golpe no STF? Acompanhe o Entrelinhas
“Derrotamos o bolsonarismo” e outras frases que colocam em dúvida a isenção dos ministros do STF
Declaração de falsidade de documento da Operação Zelotes pode gerar pedidos de anulação