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Não havia policiais ou seguranças particulares no local na hora em que o grupo agiu | Newton Menezes/Futura Press/Folhapress
Não havia policiais ou seguranças particulares no local na hora em que o grupo agiu| Foto: Newton Menezes/Futura Press/Folhapress

A porta da garagem do Instituto Lula, na capital paulista, foi pichada na noite desta sexta-feira (4) com frases ofensivas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pichação ocorreu após um dia tumultuado, em que Lula foi o alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia. O Instituto Lula foi um dos locais vasculhados pela Polícia Federal nas primeiras horas da manhã. Cerca de 60 policiais levaram computadores, celulares e pendrives. Também vasculharam o teto e reviraram arquivos.

“Lula ladrão. Basta de corrupção. Sua hora chegou corrupto”, dizem as frases escritas na porta. Um homem que acabara de visitar o amigo na unidade do Hospital São Camilo no bairro testemunhou a pichação. “Eram três garotos e uma menina. Eles picharam a porta tranquilamente. Enquanto escreviam, motoristas passaram e xingaram o Lula”, conta Fábio H., que prefere não ter o sobrenome revelado. Segundo Fábio, que fotografou a porta com as frases, não havia policiais ou seguranças particulares por perto na hora em que o grupo agiu.

No dia 31 de julho do ano passado, o Instituto Lula foi alvo de um ataque a bomba. Durante a madrugada, uma bomba caseira foi arremessada em direção à sede do instituto e deixou um buraco na porta da garagem, a mesma agora pichada. Não houve feridos.

Em agosto, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, determinou que a Polícia Federal investigasse o ataque. Antes da determinação, as apurações eram feitas pela Polícia Civil de São Paulo.

Oficialmente, o Instituto Lula é uma instituição sem fins lucrativos criada após a saída do ex-presidente do poder principalmente para compartilhar experiências de políticas públicas de combate à fome e à pobreza com os países da África, promover a integração da América Latina e ajudar a fazer o resgate da história da luta pela democracia no Brasil.

Segundo o Ministério Público Federal, grandes empreiteiras investigadas na Lava Jato por desvio de recursos por meio de contratos com a Petrobras seriam as maiores doadoras do instituto.

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