As câmeras de segurança do Instituto Lula marcavam 22h18 quando um carro sedan escuro parou em frente ao portão do da entidade, no Ipiranga, em São Paulo, na quinta-feira (30). De dentro do veículo foi arremessado um artefato caseiro feito com material inflamável e pregos que estourou, danificando o portão da garagem.
Segundo testemunhas, o barulho foi ouvido de dentro do Hospital São Camilo, vizinho do instituto. “Estava de plantão dentro da UTI e o hospital tremeu todo. Daí entrou uma pessoa falando que jogaram uma bomba aqui. Era por volta das 22h20”, afirmou o médico intensivista Adauto, que não quis falar seu sobrenome.
Apesar de o instituto ser vizinho de um hospital e de um batalhão da Polícia Militar, nenhum funcionário foi comunicado sobre o fato durante a noite. Os primeiros que chegaram para trabalhar, por volta das 8h, é que tomaram conhecimento do acontecido e chamaram polícia.
Para Celso Marcondes, diretor do Instituto Lula, o que aconteceu foi um “ataque político”. “Sabemos que foi uma provocação. A democracia não comporta este tipo de manifestação. Ontem [quinta] mesmo tivemos uma manifestação de dez pessoas aqui na frente protestando contra o Lula e foi tudo bem, era pacífica. Mas uma bomba caseira nos surpreendeu completamente”, afirmou.
Na manhã desta sexta (31), mais uma vez um pequeno grupo se concentrou em frente ao instituto com faixas de protesto. A polícia, que já estava no local para fazer a perícia, identificou todos os presentes. O grupo teve uma discussão com militantes petistas e foi embora logo depois.
O presidente Lula tinha agenda marcada para as 10h desta sexta no instituto, onde costuma fazer seus despachos, mas o compromisso foi cancelado. A segurança dele é feita pelo Estado, como acontece com os demais ex-presidentes da República.
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