Dezenas de cidadãos curitibanos, a grande maioria de jovens estudantes universitários, aproveitaram a manhã e a tarde ensolaradas do sábado para participar do Simpósio Republicano um ciclo de debates sobre o significado da República, as formas de fiscalização e o controle da atividade dos agentes públicos. O simpósio foi organizado pelo Instituto Atuação Paraná (IAPR), uma organização apartidária que se propõe a desenvolver meios de combate à corrupção, má gestão pública, apatia social e desconhecimento político dos cidadãos. O encontro fechou a 1.ª Semana da República, que ocorreu entre os dias 19 e 26 de novembro e discutiu as novas formas de atuação política nos meios digitais.
O encontro serviu para anunciar que o IAPR vai adaptar para a realidade do cenário político curitibano o bem sucedido projeto Adote um Distrital, de Brasília, que usa ferramentas digitais e um metodologia própria para a fiscalização da atividade parlamentar. Em Brasília, o projeto é coordenado pelo comitê Ficha Limpa-DF, que é composto por eleitores. O comitê integra o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que foi o responsável pela apresentação e aprovação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei que culminou com a sanção presidencial da Lei da Ficha Limpa.
Em Curitiba, o projeto Adote um Vereador será coordenado pelo IAPR. De acordo com seu presidente, o acadêmico de Direito Pedro Veiga, o instituto vai precisar da participação voluntária para fiscalizar os 38 vereadores da capital. "A mudança tem que partir da sociedade. Queremos mobilizar os cidadãos para participarem do controle da gestão pública", disse Veiga.
Como a maioria dos integrantes do IAPR, Veiga votou pela primeira vez nas eleições gerais de 2010. De acordo com ele, a busca de informações sobre os candidatos, o processo eleitoral e as instituições políticas despertaram nele e no grupo a vontade de criar o IAPR. Segundo ele, a ideia é "contribuir com a sociedade atuando politicamente".
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