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O secretário municipal Alexandre Padilha reagiu, nas redes sociais, ao constrangimento por que passou num restaurantes da capital da paulista. No texto, instituindo de “Inaceitáveis instantes de intolerância”, Padilha diz que fica mais orgulhoso do Mais Médicos toda vez que o programa é alvo de ódio dos que nunca passaram dificuldades.

Ele conta ainda que almoçava com amigos de infância num restaurante de classe média alta. E que a amizade resistiu às diferenças políticas.

“Divergimos em opções de vida, profissionais e na política, mas essas amizades sobrevivem apesar do clima de agressão, desrespeito, ódio e intolerância que alguns buscam aquecer no país e na nossa cidade”, escreveu o petista.

No sábado (9), enfrentou manifestantes ao chegar ao casamento do cardiologista Roberto Kalil. Enquanto os outros convidados se esquivavam, Padilha saltou do carro e caminhou em meio ao grupo que batia panela às portas da cerimônia.

“Essas agressões não me abalam. Enfrentei alguns colegas de profissão para defender o Mais Médicos. Pelas pessoas beneficiadas pelo programa, venci preconceitos e mentiras. Não é qualquer coisa que me deixa perder o rumo e o foco. Muito menos me faz levantar de uma mesa repleta de amigos. Tão pouco me impressionaria com um agressor e um aplauso solitários de quem não encara um debate democrático e prefere a agressão e a fuga”, diz o secretário a nota.

Ex-ministro da Saúde, Padilha foi hostilizado no restaurante, na tarde desta sexta-feira (15), quando almoçava com cinco amigos.

Um dos clientes do restaurante se levantou e bateu com o talher em uma taça. “Por favor, pessoal, um minuto de atenção”, ele inicia.

“Eu queria dizer que temos aqui a ilustre presença do ex-ministro Alexandre Padrilha (sic), não, Padilha, que nos brindou com o programa Mais Médicos, da presidente Dilma Rousseff, responsável pelo gasto de R$ 1 bilhão que nós todos otários aqui pagamos”, diz o homem.

Em sua nota, o petista afirmou que esse é um desrespeito e “episódios como esse são capazes de despertar cada vez mais as pessoas para que a democracia possa conviver com a diversidade e a diferença”.

“Já é um desrespeito aos meus direitos individuais alguém imaginar que pode me agredir em público e fazer uso dessa imagem. É um desrespeito ainda maior quando isso envolve direitos individuais dos meus amigos, que ao contrário do que pode-se pensar, não possuem nenhuma vinculação partidária nem política comigo”, escreveu.

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