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Michel Temer (à esq.) transmite a Presidência da República ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (ao centro). Renan Calheiros acompanha a cerimônia | J.Batista/Câmara dos Deputados
Michel Temer (à esq.) transmite a Presidência da República ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (ao centro). Renan Calheiros acompanha a cerimônia| Foto: J.Batista/Câmara dos Deputados

Depois de 13 anos fora do protagonismo do Planalto do Planalto, os parlamentares do DEM estão esfuziantes com a ascensão de Rodrigo Maia (RJ) à Presidência da República. Ainda na tarde de quarta-feira (31), antes mesmo de Maia assumir interinamente o posto com a viagem de Michel Temer à China, deputados fizeram coro no plenário do Senado cantando “Ôôôô, o pefelê voltou!”. Curiosamente, o saudosismo contagiou até parlamentares do antigo PFL e que hoje não estão no DEM — nome que a legenda recebeu após uma refundação durante o governo Lula —, como o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA) e Benito Gama (PTB-BA). A brincadeira foi feita quando Maia descia da mesa do Senado, depois da posse de Temer.

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Na manhã de quinta-feira, um assessor do DEM anunciou no grupo de WhatsApp da bancada: “É com muita alegria e satisfação que nos relembro que há um Presidente da República no nosso grupo”, seguido de palmas. O deputado Efraim Filho comemorou: “Viva o Presidente Democratas!” Rodrigo Maia então mandou emoticons sorrindo. O deputado Onix Lorenzoni (RS) voltou a puxar o coro: “Oooo, o Pefelê voltou!”. De Praga, onde estava em uma parada técnica acompanhando Temer rumo à China, o líder Pauderney Avelino (AM) não perdeu a oportunidade e também rememorou o cântico que remete ao nome da antiga legenda.

“Nós sofremos tanto nesses anos. Deixamos de ser PFL. Já fomos o maior partido. Em 2003, tínhamos 84 deputados. Em 2014, elegemos 21. Hoje somos 28 e vamos rumo ao topo”, animou-se Onyx Lorenzoni, completando: “Nem no melhor dos sonhos imaginaríamos ter a presidência agora”.

A mudança do nome da legenda de PFL para DEM ocorreu em 28 de março de 2007, e o primeiro presidente do DEM foi justamente Rodrigo Maia. A alteração do nome foi decidida um ano antes, depois de resultado insatisfatório nas eleições. Na época, Maia disse que a escolha do nome Democratas foi uma forma de combate ao “populismo” na América Latina.

Aproveitando a conversa no grupo, o novato Marcos Rogério (DEM-RO), que deixou recentemente o PDT, pediu uma agenda com a bancada no Planalto, e Rodrigo se prontificou a receber os aliados a qualquer hora. Durante todo a quinta-feira (1º), o interino recebeu parlamentares de vários partidos. Mas, contou um dos deputados, sem sentar na cadeira da mesa principal de Temer.

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