Integrantes do governo e do PT presentes na edição americana do 6º Fórum Social Mundial avaliam que a imagem do partido e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os movimentos sociais participantes do evento não foi afetada pela crise política de 2005.
- Quem é bem informado difere claramente o que foram problemas circunscritos a alguns dirigentes e pessoas que foram já apontadas por isso e o que é o partido. Nós renovamos a direção do partido pelo voto direto. Que outro partido fez isso? - indaga o secretário-geral do PT, Raul Pont.
Na opinião dele, o não reconhecimento desse processo que o PT empreendeu deve-se a disputa política.
Respondendo a um jornalista que lhe perguntou se a crise política no Brasil "ecoa" no fórum, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, disse que o que percebe é uma repercussão das transformações sociais em curso no Brasil, como o fortalecimento da agricultura familiar, a queda nas taxas de desmatamento.
- Eu sinto um interesse muito grande pelos processos de transformação social.
Para Dulci, o fato de alguns governos de esquerda no continente estarem avançando com mais velocidade nas reformas em seus países do que outros não deve servir como fator de divisão.
- A questão não é andar rápido ou devagar, é fazer as mudanças de que o país necessita. Cada país tem seu ritmo, até porque cada país tem sua história. O que deve unificar são as causas, os valores de aprofundamento da democracia, distribuição de renda, criação de emprego, soberania nacional, integração continental.
O PT também levou um informativo especial, em espanhol, para distribuir no fórum, com o titulo de "PT, Saudações". No informativo, o PT diz distinguir as posições partidárias da atuação do governo em áreas como a política econômica.
"O PT reconhece a existência de limitações e aponta a necessidade de mudanças", diz o texto.
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