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Ferramentas

Saiba quais são as ferramentas interativas das páginas dos candidatos à Presidência:

Dilma

#Rousselfie – eleitores podem enviar "selfie"’ com a presidente para aparecerem no site.

Cante com a gente – eleitores podem enviar vídeos cantando o jingle da campanha para aparecerem no site.

WhatsApp – eleitores usuários da ferramenta podem enviar sugestões de pauta, encaminhar vídeos e "viralizar" a campanha. A coordenação usa também para desmentir possíveis boatos contra a candidata.

Link com Dilma – eleitores podem enviar perguntas por vídeo. As selecionadas serão respondidas pela candidata no programa de televisão.

Outros – eleitores podem enviar por e-mail sugestões para o programa político da candidata na televisão e histórias sobre mudanças positivas nas cidades onde moram. As selecionadas devem aparecer no programa de televisão.

Aécio

Conecte-se com Aécio – eleitores podem dar "check-in" pelo Facebook para aparecer no mapa de caminhadas do candidato pelo Brasil.

#QueroMeuBrasil – eleitores podem enviar fotos ou vídeos com reivindicações para um e-mail e vê-los publicados no site do candidato. Nas redes sociais basta usar a hashtag.

Envie sua ideia – eleitores podem enviar ideias sobre grandes temas para o plano de governo do candidato.

Campos

Aplicativo permite o uso das contas dos eleitores no Twitter para a divulgação automática de conteúdos da campanha do candidato.

A internet se transformou – desde a primeira campanha de Barack Obama à Casa Branca em 2008 – em uma das principais plataformas de militância política. Para cair no gosto dos 102,3 milhões brasileiros com acesso à rede, os principais candidatos à Presidência investem em ferramentas de interação on-line para alavancar votos e subir a rampa do Palácio do Planalto em 2015.

Dilma Rouseff (PT) é a candidata que mais aposta na interatividade. Em sua página na internet, a petista oferece pelo menos seis canais diferentes de contato participativo, entre eles o #Rousselfie, onde os eleitores podem enviar "selfies" com a presidente para aparecerem no site.

No site de Aécio Neves (PSDB), os internautas podem dar "check-ins" pelo Facebook para aparecer no mapa de caminhada do tucano pelo Brasil, além de enviar fotos e vídeos com reivindicações para serem publicados na página.

Já Eduardo Campos (PSB) aposta em uma iniciativa pouco convencional. No site dele, o internauta pode baixar um aplicativo que libera o uso de conta no Twitter do eleitor para a divulgação automática de conteúdos da campanha. "Os posts terão sempre conteúdos positivos, sem ataques a adversários", diz o texto de apresentação da ferramenta.

Os candidatos também mantêm ativos seus perfis nas redes sociais com postagens de vídeos, mensagens, agenda e propostas. No Twitter, Dilma é líder com mais de 2,6 milhões de seguidores, contra cerca de 52 mil de Aécio e 37 mil de Campos.

A estratégia virtual do PT no Twitter se fortaleceu após os protestos de junho do ano passado. A presidente reativou sua conta em setembro e estreitou ainda mais a relação com internautas. O partido tem investido muito na web, inclusive com treinamentos e oficinas de redes sociais para a militância do partido. Aécio inaugurou sua conta no Twitter há apenas duas semanas e foi o último dos principais candidatos a aderir à rede social.

Já no Facebook, Campos é o candidato mais popular. O pernambucano está próximo de atingir a marca de 1 milhão de fãs, ante 984 mil do candidato tucano e 815 mil de Dilma. Campos também conta com a popularidade de sua vice Marina Silva. Ela tem mais de 751 mil curtidas em sua página do Facebook e cerca de 870 mil seguidores no Twitter.

Mais votos

Para o advogado Alexandre Pacheco, pesquisador do Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV - Direito São Paulo, quando o candidato amplia os canais de contato com eleitores cria um senso de importância para as pessoas. "Isso estava perdido até a chegada da internet nas campanhas. O eleitor se sente parte e coloca no seu círculo social os temas e ideias do candidato", afirma Pacheco.

Na opinião de Ana Luiz Mano, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, a troca de experiências e opiniões na internet estimula os eleitores. "Essa interação proposta por alguns candidatos faz com que as pessoas se sintam próximas e ouvidas. É um aspecto bastante vantajoso para a campanha", diz a psicóloga.

No Paraná

As páginas dos candidatos ao governo do Paraná praticamente ignoram a interação com eleitores. O site de Beto Richa (PSDB) tem um link de "Fotos com você", que em princípio abre a possibilidade de os internautas enviarem imagens ao lado do atual governador. Ao clicá-lo, o internauta é direcionado a álbuns de eventos no Facebook que o tucano esteve presente desde o começo de julho. No site de Roberto Requião (PMDB), a única interação possível é o envio de mensagens de apoio à candidatura. Gleisi Hoffmann (PT) ainda não tem página na internet.

Número de seguidores não é sinônimo de eleitores

Candidatos populares nas redes sociais não se tornarão, necessariamente, um sucesso nas urnas. Alexandre Pacheco, pesquisador do Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV - Direito São Paulo, afirma que o seguidor é alguém interessado no que o candidato tem a dizer, mas não é fundamentalmente um eleitor.

"O seguidor pode ser alguém que discorde de todas as ideias do candidato. Presume-se que a maioria concorde ou admire aquele perfil, mas pode ser uma pessoa interessada no que o candidato tem a dizer, mesmo discordando daquilo", afirma Pacheco.

Segundo o pesquisador, a maioria dos internautas já têm opiniões pré-concebidas sobre a maioria dos partidos e políticos e a atividade virtual dos candidatos dificilmente consegue mudar isso. "A quantidade de pessoas que curtem um meme, por exemplo, é mais significativo do que simplesmente contar o número de seguidores de um candidato. Analisar a relação entre a mensagem do meme e a reação das pessoas pode ser bastante importante", diz Pacheco.

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