Membros da CPI dos Correios estão analisando documentos das três empresas de Marcos Valério, acusado de ser um dos operadores do mensalão. De acordo com a comissão, houve crescimento atípico do volume de crédito nas empresas.
A empresa Multiaction, por exemplo, tinha contabilizado R$ 3.149.353,46 até 2002. De 2003 a 2005, o volume cresceu para R$ 17.633.882,00. O crescimento também foi observado na 2S Participações Ltda, que até 2002 não operava e nos últimos três anos recebeu R$ 20.476.588,13. A Tolentino e Melo Assessoria Empresarial passou de R$ 137.040,00 (até 2002) para R$ 6.744.959,74 de 2003 a 2005.
- Estamos levantando os dados. Ao final, vamos fazer o julgamento - afirmou o subrelator de finanças da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).Segundo Fruet, os empréstimos têm que ser investigados a fundo.
- Se fosse só o caixa 2 era uma questão de 2002. O fato é que os empréstimos começaram a ser feitos em 2003, já no governo do presidente Lula. E coincidentemente nesse período houve um aumento expressivo nas contas públicas do governo federal com as empresas de Marcos Valério e houve um aumento expressivo, principalmente de três empresas vinculadas a ele, justamente no período em que os saques foram realizados. No mínimo, é uma enorme coincidência - avaliou Fruet (PSDB-PR), que disse que deverá investigar o empresário e buscar as contradições nos documentos e argumentos apresentados por ele, de que os recursos que saíram do Banco Rural e do Banco do Brasil foram para empréstimos ao PT.
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