Umuarama – A comissão de investigação, formada há 60 dias para apurar o desvio de mais de R$ 500 mil na Câmara de Vereadores de Umuarama, divulgou o relatório final. A principal pergunta da comunidade, porém, continua sem resposta: quantos são e quais são os envolvidos no rombo que passou de R$ 540 mil para R$ 565,9 mil entre 2002 e 2006.

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O presidente da comissão, Cayo Nishigawa, disse que a burocracia e a falta de poder dos vereadores impediram os avanços nas investigações. O ex-funcionário da Câmara, Carlos Martins, é o principal suspeito de comandar os desvios, conforme o relatório, mas ele se negou a prestar depoimento, apesar das três intimações feitas pela comissão. Martins era subordinado ao setor de contabilidade da Câmara e o único a comandar a movimentação financeira mensal da Casa, que é de R$ 280 mil.

Martins teria embolsado mais de R$ 80 mil do dinheiro recolhido dos funcionários para pagar o Imposto de Renda. Pela lei vigente, o dinheiro do IR dos servidores da Câmara deve ser devolvido à prefeitura. Os cheques nominais à prefeitura foram depositados na conta particular do servidor.

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Os vereadores não conseguiram a quebra do sigilo bancário de Martins na Caixa Econômica Federal, onde a Câmara mantém conta corrente, nem no Bradesco, onde o ex-servidor fez as movimentações financeiras. Segundo o relator da comissão, Carlos Adalberto Rigobello, a esperança de elucidar o desvio é a ação do Ministério Público.