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Indicado como titular para o Conselho de Ética da Câmara e investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, o deputado Lázaro Botelho (PP-TO) informou que não irá deixar o colegiado. O parlamentar foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef, juntos com vários outros do PP, de dividirem a propina mensal que variava de R$ 1,2 milhão a R$ 1,5 milhão.

Dois outros deputados indicados para o conselho tem relação de parentesco com outros dois acusados pela Procuradoria. Cacá Leão (PP-BA) é filho do vice-governador da Bahia, João Leão, também do PP. Covatti Filho (PP-RS), outro que compõe o conselho, é filho do ex-deputado Vilson Covatti.

Nesta segunda-feira, o parlamentar Sandro Alex (PPS-RS) disse que irá apresentar uma questão de ordem na próxima reunião do Conselho para pedir o afastamento de deputados que são alvos dos inquéritos instaurados no STF para investigar as denúncias da Operação Lava-Jato.

Caso o pedido seja aceito, Lázaro Botelho, Cacá Leão e Covatti Filho podem ter que deixar o Conselho. Em nota, Sandro Alex defendeu que os deputados investigados se afastem espontaneamente do colegiado:

“Essa função no Conselho de Ética não pode ser exercida por quem está sendo investigado. É incompatível que a instância máxima do parlamento que analisa os processos de quebra de decoro parlamentar tenha entre seus membros denunciados na Justiça”, afirmou.

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