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Waldir Maranhão: além de ser investigado pela Lava Jato, ele  é alvo de outra operação da PF e suspeito de irregularidades na campanha. | Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
Waldir Maranhão: além de ser investigado pela Lava Jato, ele é alvo de outra operação da PF e suspeito de irregularidades na campanha.| Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados

Investigado pela Operação Lava Jato e aliado do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o novo presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP), coleciona polêmicas políticas. Apesar de ter referendado diversas manobras que favoreceram Cunha no Conselho de Ética da Casa, Maranhão foi alvo de holofotes recentemente ao votar contra o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff – contrariando a orientação nacional de seu partido e a posição de Cunha, seu aliado político. Devido à atitude, o deputado foi destituído da presidência do diretório estadual do partido no Maranhão. Maranhão assume a cadeira de Cunha porque é vice-presidente da Câmara.

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Em seu terceiro mandato como deputado federal, Maranhão também é alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. O parlamentar foi citado por Alberto Youssef como um dos deputados do PP beneficiados por propinas de contratos da estatal.

Waldir Maranhão é citado ainda em inquéritos que apuram crime de lavagem de dinheiro no esquema investigado pela Operação Miqueias da Policia Federal, que trata de desvio de recursos de fundos de pensão e lavagem de dinheiro.

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Ele também traz no currículo outros questionamentos judiciais e eleitorais. Em 2010, teve rejeitada a prestação de contas referente às eleições para deputado federal por recebimento de recurso de fonte não identificada. Recorreu da decisão, mas perdeu, de acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA).

Ainda no TRE-MA, o deputado responde a uma representação movida pelo Ministério Público Eleitoral por captação ilícita de recursos para campanha. O processo corre em sigilo. Já no Tribunal de Justiça do Maranhão, o agora presidente interino da Câmara responde a ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual.

Relação com Cunha

Em abril deste ano, então como vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão limitou a investigação no Conselho de Ética sobre o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ao responder uma questão de ordem feita pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha, Maranhão decidiu que as investigações sobre o peemedebista no conselho se restrinjam unicamente à acusação de que faltou com a verdade ao negar na CPI da Petrobras que mantinha contas no exterior, versão que foi desmentida pelas investigações.

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Assim, Cunha não poderia ser investigado sobre as acusações de que teria recebido propina, segundo delações realizadas na Lava Jato.

Em fevereiro, Maranhão anulou a votação de parecer prévio que poderia levar à cassação de Cunha.

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