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Gim Argello cumpre pena no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Gim Argello cumpre pena no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Acusado das mesmas irregularidades do deputado federal Marco Maia (PT-RS) e do ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo, o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) cumpre atualmente uma pena de 19 anos de prisão na Lava Jato.

Argello foi preso na 28ª etapa da operação, batizada de Vitória de Pirro. Atualmente, está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

Apesar de não terem sido presos, Maia e Vital são acusados das mesmas irregularidades. Em nota sobre a Operação Deflexão, deflagrada nessa segunda-feira (5), a Procuradoria Geral da República (PGR) fez questão de frisar a semelhança entre os casos.

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“Em razão das mesmas irregularidades, o ex-senador Gim Argello, vice-presidente da CPMI à época, foi condenado a 19 anos de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela 13ª Vara Federal de Curitiba”, diz o parágrafo final da nota.

Segundo o Ministério Público Federal, Argello teria cobrado propina de executivos envolvidos na Lava Jato que estavam na mira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, em 2014. O ex-senador, que era vice-presidente da comissão, cobrava doações eleitorais em troca de barrar a convocação dos empreiteiros para depor na CPMI.

Segundo o MPF, provas apontam o pagamento a Argello pelas empreiteiras UTC (R$ 5 milhões) e OAS (R$ 350 mil). Cerca de seis meses depois da prisão, Argello foi condenado pelo juiz federal Sergio Moro a 19 anos de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Vital do Rêgo, hoje ministro do TCU, era senador à época e presidia a CPMI da Petrobras. Já Marco Maia, deputado federal, era relator da comissão. Segundo a PGR, executivos apontaram repasses de mais de R$ 5 milhões para evitar retaliações e contribuir para campanhas eleitorais.

Os dois foram alvos de mandados de busca e apreensão em diversos endereços nessa segunda. De acordo com a PF, a operação foi batizada de Deflexão, em referência ao verbo defletir, que significa provocar mudança ou alteração no posicionamento normal de algo. “Uma alusão ao fato de que, mediante propina, empreiteiros investigados passaram à condição de blindados de uma eventual responsabilização”, esclarece a PF.

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