A base da denúncia do Gaeco sobre a Operação Quadro Negro, que investiga o desvio de R$ 18 milhões destinado à construção e reforma de escolas estaduais do Paraná, tem cerca de 50 páginas. Logo no início da denúncia, os quatro promotores de Justiça que assinam a peça, Denilson Soares de Almeida, Emiliano Waltrick, Felipe de Paula Soares e Wagner Veloso Hultmann, reproduzem um trecho famoso do voto da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao analisar, em novembro do ano passado, o caso da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS).

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“O crime não vencerá a Justiça. Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção”, disse Cármen Lúcia. Ela, então, prosseguiu: “Não passarão sobre os juízes e as juízas do Brasil. Não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro, porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço público. Não passarão sobre a Constituição do Brasil”. Os investigadores da Operação Quadro Negro reproduziram a citação da ministra do STF na acusação contra os envolvidos no esquema de desvio de dinheiro de escolas.

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