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O governo do Rio Grande do Sul afastou o secretário-adjunto de Obras, Germano Dalla Valentina (PTB), o diretor-geral Eli Pegoraro (PTB) e o diretor de Obras Odir Baccarin (sem filiação partidária) nesta sexta-feira, 10, um dia depois de os três terem colocados seus cargos à disposição ao saberem que suas atividades são investigadas pela Operação Kilowatt da Polícia Civil, que prendeu outras nove pessoas na quinta-feira, 9.

O secretário de Obras, Luiz Carlos Busato (PTB) e o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana (PT), afirmaram que o afastamento é medida correta para apuração do caso, tanto pela polícia quanto pela comissão de sindicância criada na pasta. Busato ressalvou, no entanto, que acredita que nenhum dos três tem envolvimento com irregularidades.

A Operação Kilowatt investigou durante um ano um esquema de fraude em obras públicas que teria se iniciado em 2008. A suspeita é que empresas de engenharia superfaturavam material e serviços ou entregavam obras inconclusas como se estivessem prontas sob vistas grossas de fiscais, que poderiam ter recebido propinas. As irregularidades teriam ocorrido em pelo menos seis trabalhos, no valor total de R$ 12 milhões, mas há outros em investigação. A polícia não calculou quanto do total contratado teria sido desviado.

Na quinta-feira foram presos temporariamente oito suspeitos de participação na fraude e mais uma pessoa flagrada portando arma sem autorização. Quatro dos mandados expedidos pela Justiça eram contra empresários e quatro contra funcionários públicos. À medida em que prestaram depoimentos, os detidos foram soltos. Quatro deles ainda estavam na prisão no final da tarde desta sexta-feira.

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