Os investimentos realizados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entre 2007 e 2009 somaram 403,8 bilhões de reais, informou o governo federal nesta quinta-feira.
De acordo com o balanço do programa, o total representa 63,3 por cento do previsto para o período. A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), gestora do PAC, afirmou que o resultado deve-se à capacidade de o governo assegurar a oferta de crédito durante a crise financeira global.
"É deixar um legado de que vai ter investimento com financiamento de longo prazo", comentou a ministra durante entrevista coletiva para apresentar os números do balanço de três anos do programa.
Dos 2.471 projetos do PAC monitorados, apenas a metade já foi concluída. Segundo o documento distribuído, da metade das ações em andamento, 44 por cento estão com ritmo adequado de execução, 5 por cento pedem atenção e 1 por cento está em situação preocupante.
Em relação ao volume de investimentos do PAC, as ações concluídas representam 40,3 por cento do total.
No setor de logística, os investimentos chegaram a 40,5 bilhões de reais. O PAC também destinou 72,4 bilhões de reais, sendo que 23,8 bilhões desse montante foram executados para a exploração de petróleo e gás natural. Segundo o balanço divulgado pelo governo, 499 poços exploratórios de petróleo foram perfurados entre 2007 e 2009 em mar e em terra. Atingiram a camada pré-sal 46 poços.
Na área de infra-estrutura social e urbana, os desembolsos somaram 144 bilhões de reais --137,5 bilhões de reais correspondem a financiamentos habitacionais.
Da execução financeira total do PAC, de 403,8 bilhões de reais, as empresas estatais foram responsáveis por 126,3 bilhões de reais em investimentos. O setor privado respondeu por 88,8 bilhões de reais, enquanto a União desembolsou 35,0 bilhões de reais.
Os financiamentos ao setor público totalizaram 5,1 bilhões de reais, ante 137,5 bilhões de reais em créditos a pessoas físicas. As contrapartidas de Estados e municípios foram de 11,1 bilhões de reais.
Pré-candidata à Presidência da República, a ministra destacou em sua apresentação o impacto das obras de infra-estrutura urbana do PAC no dia-a-dia da população. Esse deve ser o último balanço a ser apresentado por Dilma. A "mãe do PAC" deverá deixar o cargo para disputar a eleição até o início de abril.
A ministra também comentou que o PAC 2, a ser lançado pelo governo ainda neste ano, tentará combater os problemas de drenagem do país e construir creches.
Respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de o governo ajudar o governo de São Paulo a combater enchentes, Dilma disse que o governo federal já destinou 1,1 bilhão ao Estado com esse objetivo e está disposto a fazer mais. São Paulo é governado por José Serra (PSDB), pré-candidato da oposição e líder nas pesquisas de intenção de voto.
"O governo está absolutamente pronto para assegurar obras que garantam mais piscinões e os piscinões que estavam previstos em programas anteriores", disse Dilma.
Trem Bala
A ministra também informou que o leilão de concessão do trem-bala que vai ligar São Paulo ao Rio de Janeiro, com uma parada em Campinas (SP), está previsto para 2 de maio. O trem deve estar concluído totalmente em 2015.
Segundo Dilma, o Tribunal de Contas da União (TCU) deve analisar o projeto até dia 17 de fevereiro e, na sequência, o edital será publicado em 2 de março. A consulta pública foi concluída em 29 de janeiro. A partir deste ano, o investimento previsto é de 32,8 bilhões de reais no projeto, cuja linha deve ter 511 quilômetros de extensão.
"Para as Olimpíadas nós temos certeza. A Copa pode ter trechos, pode não ter o trem inteiro", disse Dilma, referindo-se às Olimpíadas de 2016 e à Copa do Mundo de 2014, que serão sediadas pelo Brasil.
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