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A cúpula do governo do Irã reconhece o mal-estar em relação ao Brasil na área de direitos humanos e faz um apelo para a presidente Dilma Rousseff: que não mude o padrão de votação do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) em resoluções que condenam o regime de Teerã.

Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, o chanceler do Irã, Ali Akbar Salehi, admitiu que "pode haver mesmo conflitos em certas áreas na relação bilateral". Na segunda-feira, o Irã confirmou a prisão de um dissidente, Mahdi Karroubi, e o chanceler insistiu que os protestos em Teerã não poderiam ser confundidos com o que ocorre na Líbia, Egito e Tunísia. "Não há comparação. Na Líbia, são movimentos espontâneos. No Irã, trata-se de algo manipulado."

Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil evitou criticar o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Já Dilma criticou a posição brasileira e prometeu endurecer ao assumir a Presidência. A diplomacia recebeu a visita de ativistas iranianos pedindo a mudança no voto brasileiro na ONU, numa resolução que será colocada à votação no fim de março, que condena o Irã e cria uma investigação sobre a situação em Teerã.

Em relação ao tema, o chanceler iraniano foi taxativo. "Espero que o Brasil não mude sua posição", afirmou, acrescentando que ficaria muito decepcionado se isso ocorresse. Salehi explicou que essas resoluções teriam "motivações políticas", uma forma de apontar que seriam resoluções promovidas pelo Ocidente para pressionar Teerã por sua política nuclear. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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