Participantes dos protestos do dia 28 de setembro na Câmara de Curitiba, os vereadores Algaci Túlio (PMDB) e Professora Josete (PT) foram denunciados no Conselho de Ética da Casa por incitar a depredação de patrimônio público e privado. A denúncia foi apresentada por um grupo de cinco funcionários, incluindo Maria Helena Derosso, irmã do presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB). A denúncia foi encaminhada à corregedoria.
No dia 28, um grupo de cerca de 800 pessoas, formado na sua maioria por estudantes, invadiu o estacionamento da Câmara para protestar contra Derosso, que está sendo acusado de favorecer sua mulher em uma licitação realizada em 2006, entre outras denúncias.
Durante o protesto, estudantes colaram adesivos pedindo a cassação do vereador em diversos carros que estavam estacionados no pátio. Os denunciantes alegam que alguns veículos foram riscados, que o pneu do carro de Maria Helena foi esvaziado e que uma câmera de vigilância foi quebrada.
Segundo a denúncia, os dois vereadores teriam subido em um caminhão de som e incitado os manifestantes a praticar esses atos. Entretanto, durante o protesto, ambos fizeram discursos pedindo calma aos manifestantes e respeito ao patrimônio público e privado.
Para Josete, as denúncias são uma tentativa de intimidar a oposição por parte da presidência da Casa. "O que eu fiz foi tentar fazer com que os estudantes se acalmassem e evitar que alguém se ferisse. Não posso responder por atitudes do movimento, que é autônomo".
Já Algaci negou todas as acusações. "Eu não sou irresponsável para cometer uma leviandade dessa maneira como está colocada. Quem estava aqui foi testemunha de que eu usei o microfone do carro de som para pedir tranquilidade", disse ele. A reportagem tentou entrar em contato com Maria Helena, mas não obteve sucesso.
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