Em depoimento nesta quarta-feira à CPI dos Bingos, Bruno Daniel, irmão do prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em 2002, atacou diretamente o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. Bruno Daniel disse que Gilberto Carvalho mentiu ao dizer à CPI que não havia revelado um esquema de arrecadação para o PT em Santo André.
"Ele não tem falado a verdade sobre o esquema que ele nos revelou", disse Bruno.
A CPI considera o depoimento muito esclarecedor, principalmente porque Bruno não poupa nem o irmão Celso Daniel, que, segundo ele, sabia do esquema e o considerava um mal necessário. Bruno deu detalhes do esquema de arrecadação para o PT e contou que há provas de que empresários da região eram obrigados a repassar os recursos. Ele disse que os empresários eram achacados de forma acintosa e que, inclusive, eram vítimas de ameaças de Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra, que acompanhava Celso Daniel no dia de sua morte.
"O Sérgio chegava a colocar a arma na mesa quando conversava com os empresários", contou Bruno Daniel.
O senador José Agripino (RN), líder do PFL, disse que o depoimento é o melhor já prestado na CPI. Segundo ele, Bruno Daniel fala com segurança e responde às perguntas com precisão.
"Este é sem duvida o melhor depoimento dessa CPI. O senhor Bruno Daniel responde às questões com precisão cirúrgica e com base em evidências", disse o pefelista.
Bruno Daniel contou que há evidências de que seu seu irmão foi torturado e de que o crime foi planejado. Para ele, a motivação pode estar ligada ao esquema de corrupção para abastecer o caixa do PT nacional. Bruno relatou com detalhes um encontro que teria ocorrido no dia da missa de sétimo dia do prefeito em que Gilberto Carvalho teria dito que ele próprio recebia dinheiro e levava para São Paulo em seu carro para entregar ao então presidente do PT José Dirceu. Bruno e seu irmão João Francisco participam de acareação com Gilberto Carvalho no dia 26 de outubro.
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