O ex-policial civil de Minas Gerais, Marco Túlio Prata, conhecido como Pratinha, disse, nesta quinta-feira, em depoimento na CPI do Tráfico de Armas, que nada sabia sobre a queima de documentos da empresa DNA Propaganda do publicitário Marcos Valério - acusado de operar o suposto pagamento de mesada a parlamentares da base aliada. O irmão de Pratinha é Marco Aurélio Prata, contador da empresa.

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- Esses documentos foram guardados a pedido de meu irmão por mais de um mês e eu nem sabia o que tinha lá dentro daquelas caixas. Se queimaram algum documento, foi a política de me incriminar e não deixar que eu saísse da cadeia - afirmou.

Na casa do depoente, a polícia mineira encontrou documentos contábeis e fiscais queimados da empresa DNA. A polícia encontrou também 17 armas de calibres diversos, entre elas uma carabina e uma pistola semi-automática, além de munição, dez granadas, silenciadores e bombas de fabricação caseira.

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O ex-policial se definiu como um "aficcionado" por armas, "mas não um traficante de armas". Segundo ele, seria um "louco" se fosse traficante, porque teve o filho morto por de arma de fogo por um bandido um bandido, que depois foi morto por ele.

- Matei um bandido hediondo e não me arrependo. Não sou bandido e nem sou traficante de armas - afirmou.

Preso há um mês, Pratinha se disse "o único preso político do país". Ao longo do depoimento, ele repetiu várias vezes que está pagando pelo crime "de ser irmão do contador de Marco Valério.

- Meu nome não foi citado em nenhum momento como transportador de malas de dinheiro e muito menos de mensalão ou outra coisa qualquer.

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