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O policial militar João Dias Ferreira - delator do suposto esquema de desvio de verbas do Ministério do Esporte – afirmou que o irmão do novo ministro da pasta também tem envolvimento com a corrupção no ministério. Ferreira disse que Apolinário Rebelo (PC do B-DF) – irmão de Aldo Rebelo (PC do B-SP) – indicou a pessoa que seria responsável pela arrecadação do esquema. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (28).

A declaração foi dada por Ferreira em depoimento à Polícia Federal na semana passada, de acordo com o jornal.

Aldo Rebelo foi convidado para substituir Orlando Silva, que deixou o cargo de ministro na quarta-feira (27). Silva é suspeito de ter envolvimento e coordenar o esquema de corrupção da pasta. O novo ministro tomará posse na segunda-feira (31).

Ferreira disse que Fredo Ebling, ex-chefe de gabinete de Aldo na presidência da Câmara dos Deputados – era o responsável pela arrecadação. O esquema envolvia a captação e distribuição de dinheiro. Segundo a Folha de S. Paulo, o policial não apresentou provas. Apolinário Rebelo disse que não tinha força política para fazer tal indicação e que vai processar o delator.

Convênios

O esquema de desvio de verbas envolve recursos de 15 projetos de organizações não-governamentais (ONGs) de Brasília e região que firmaram convênios com o Ministério do Esporte, de acordo com o relatório da pasta feito em julho de 2011. As ONGs não teriam apresentado as prestações de contas e utilizaram notas frias para "comprovar" os gastos. O montante de R$ 17 milhões foi desviado do programa Segundo Tempo. O Ministério do Esporte repassa dinheiro público para ONGs – e também para prefeituras e governos estaduais - para que comunidades carentes possam ter atividades esportivas.

A Controladoria-Geral da União (CGU) teria encontrado irregularidades em 67 convênios entre o Ministério da Saúde e ONGs, prefeituras e governos estaduais feitos nos últimos anos. A CGU, segundo o jornal, cobra a devolução de R$ 26,5 milhões repassados a essas entidades.

Duas ONGs citadas no relatório eram coordenadas pelo policial militar João Dias Ferreira - delator de suposto esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte para os cofres do PCdoB.

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