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O irmão do prefeito, o técnico em informática Nilton Roberto Micheleti, de 36 anos, afirmou ontem desconhecer a existência de um caixa 2 na campanha que reelegeu Nedson Micheleti. No depoimento que deu ontem na Promotoria de Investigações Criminais (PIC) de Londrina, Nilton, entretanto, reconheceu que Soraia Garcia exerceu o cargo de assessora financeira da campanha eleitoral do PT, no ano passado, era subordinada ao tesoureiro do partido, Francisco Moreno, e ao atual diretor da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Augusto Dias Júnior, e que pelo trabalho ela recebia salário, embora sem registro em carteira.

"Não sei de caixa 2. Vim apenas esclarecer um mal-entendido. Eu não trouxe a Soraia aqui (PIC) para depor na quarta-feira, como foi divulgado. Estive aqui naquele dia, mas não conversei com ela. Quando cheguei, ela foi levada ao Fórum e eu fiquei na promotoria", declarou Nilton Micheleti. Segundo ele, quando Soraia decidiu registrar as denúncias na promotoria, ela o chamou para "dar credibilidade ao depoimento".

No depoimento prestado ontem aos promotores Sérgio Siqueira e Leonir Batisti, o irmão do prefeito apenas reafirmou as declarações dadas à promotoria na última quarta-feira, no mesmo dia em que Soraia Garcia esteve na PIC para denunciar a contabilidade paralela da campanha às eleições municipais.

Ele disse que foi procurado pela ex-assessora, que comentou saber de irregularidades na campanha. "Eu a aconselhei que se tivesse prova de algo errado, que denunciasse ou então esquecesse o caso porque falar para outras pessoas poderia prejudicá-la".

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