A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade aos irmãos Daniel e Christian Cravinhos, que confessaram ter matado o casal Marísia e Manfred Von Richthofen com a ajuda da filha do casal, Suzane, que já conseguiu o mesmo benefício no STJ neste ano. Os dois irmãos podem ser soltos a qualquer momento.

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Eles estão presos há três anos sem terem sido condenados e o julgamento no Tribunal do Júri ainda não tem data marcada. O ministro Nilson Naves, que relatou o pedido de hábeas-corpus, acredita que a prisão dos irmãos foi feita de forma ilegal. A decisão foi tomada por maioria dos votos.

Os irmãos foram presos no dia 8 de novembro de 2002. De acordo com Naves, não havia fundamento para a manutenção da prisão. Segundo o ministro, foi emitido somente um decreto prisional aos três envolvidos no crime, o que configuraria tratamento igual para todos. Suzane conseguiu liberdade dia 28 de junho, também por decisão do STJ. Além de Naves, os ministros Paulo Gallotti e Paulo Medina foram favoráveis à liberdade dos Cravinhos. Os ministros Hamilton Carvalhido e Hélio Quaglia Barbosa votaram pela manutenção da prisão deles. Os Cravinhos ficarão livres até o julgamento, que não tem data marcada.

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Astrogildo Cravinhos, pai de Daniel e Christian, estava eufórico com a notícia.

- O quarto deles está igualzinho. Não mexemos em nada - comentou.

O pai diz que já estava esperando a liberdade dos filhos.

- Tinha certeza de que a Justiça ia ser igual para todos. Se libertaram a Suzane, tinham de fazer o mesmo com os meninos. Era apenas uma questão de dias.

Astrogildo só está preocupado com a reação das pessoas.

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- Meus filhos fizeram uma coisa feia, mas a imprensa a tornou horrenda, transformando meus filhos em monstros. Acho que agora vamos ter um pouco mais de tranqüilidade. Mas é uma pena que isso não vai durar para sempre, porque logo mais eles serão julgados e terão de voltar à cadeia - lamentou o pai.