Depois de 44 dias em liberdade, os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos foram presos novamente na tarde desta segunda-feira. Os dois são réus confessos do assassinato dos pais de Suzane Von Richthofen, mortos a pauladas em 31 de outubro de 2002. O casal, Marísia e Manfred Richthofen, teria sido morto porque não aprovava o namoro de Suzane e Daniel.
Os rapazes passaram três anos presos e saíram no dia 9 de dezembro da Penitenciária Odon Ramos Maranhão, em Iperó (cerca de 120 quilômetros da capital). Eles se beneficiaram de um hábeas-corpus concedido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Suzane, que é acusada de ser mentora do crime, já tinha conseguido o mesmo benefício. A Justiça entendeu que os irmãos estavam presos sem terem sido condenados e o julgamento no Tribunal do Júri ainda não tem data marcada.
Eles foram presos esta tarde em casa, no Campo Belo, por polícias do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), em cumprimento ao um mandado de prisão expedido pelo juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Juri.
De acordo com o delegado José Cláudio de Freitas, os irmãos não ofereceram resistência. Eles devem passar a noite no DHPP. Nesta terça-feira, devem ser transferidos para um Centro de Detenção Provisória.
Segundo Freitas, o pedido de prisão para Suzane foi indeferido pelo juiz. Suzane também passou três anos presa e foi solta em junho do ano passado.
O pedido de prisão foi encaminhado à Justiça pelo promotor Roberto Tardelli no último dia 17 de janeiro. O argumento do promotor foi uma entrevista dos irmãos Cravinhos à Rádio Jovem Pan naquela semana, na qual eles fizeram revelações inéditas sobre os detalhes do assassinado dos pais de Suzane.
- Seu orgulho, sua imodéstia e sua soberba são evidências claras que há um predador a se esconder atrás de si, que, pacientemente, sabe esperar a hora de agir e que se especializou em agir quando ninguém mais esperaria que o fizesse. Se isso não representar risco à ordem pública, dificilmente teremos outro exemplo mais gritante a dar - argumenta o promotor sobre Daniel Cravinhos, no pedido de prisão encaminhado ao juiz do 1º Tribunal do Júri da capital.
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