O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira o pedido de hábeas-corpus dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos. Apesar de o ministro Nilson Naves, relator do pedido, ter votado pela revogação da prisão preventiva, a maioria da Sexta Turma do Tribunal decidiu mantê-los presos. A votação ficou em quatro a um.
Voto vencido, o relator afirmou que o decreto de prisão de janeiro deste ano, expedido pela Justiça Federal, não apresentava justificativas para a prisão. Segundo o ministro, o argumento da Justiça de que os dois fizeram apologia ao crime, em entrevista a uma rádio de São Paulo, não tem sentido porque o crime é conhecido por toda a sociedade. Já o ministro Paulo Medina disse que, depois de uma condenação a mais de 30 anos de prisão por um crime bárbaro, seria uma ofensa à sociedade libertar os réus.
Os irmãos Cravinhos e Suzane foram condenados pelo assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen, ocorrido em 2002. Os ex-namorados Suzane e Daniel foram condenados a 39 anos de reclusão e a mais seis meses em regime semi-aberto. Já a pena de Cristian é de 38 anos de reclusão em regime fechado e seis meses em regime semi-aberto.
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