Durante a análise do veto do prefeito Gustavo Fruet (PDT) ao projeto de lei que obriga os bancos a contratarem vigilantes mulheres, o vereador Chicarelli (PSDC) criticou os vereadores que apoiaram o veto do Executivo e disse que se estivesse na posição da base aliada mandaria o prefeito à “p.q.p”.
“Se eu tiver que voltar aqui, que seja na base, e o prefeito pedir para eu votar contra, eu mando ele para a p.q.p”, disse o vereador enquanto ocupava a tribuna da Câmara.
Depois de ser repreendido pelo presidente da Casa, Ailton Araújo (PSC), por estar ferindo o decoro parlamentar Chicarelli pediu que sua fala fosse retirada dos anais da Câmara.
Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, o vereador admitiu que errou e afirmou ter tido uma atitude impulsiva. “Peço desculpas se ofendi alguém, se foi um comentário indecoroso”, disse.
Segundo o parlamentar, a ofensa não foi destinada ao prefeito Gustavo Fruet, mas sim a um prefeito hipotético que o obrigasse a seguir as orientações do Executivo.
“Jamais me referi ao prefeito atual. Tenho um respeito muito grande pelo prefeito. Sou oposição, mas tenho respeito”, disse.
Consequências
Pelo Regimento Interno da Câmara de Curitiba, “o uso em discurso, em pareceres, em documentos oficiais ou afins de expressões desrespeitosas ou ofensivas” caracteriza infração ético-disciplinar e é punível com censura pública, quando não couber penalidade mais grave.
Veto
O projeto que gerou o debate previa a obrigatoriedade da presença de pelo menos uma vigilante mulher nos bancos de Curitiba, durante o período de atendimento ao público. O texto chegou a ser aprovado pelos vereadores no fim de junho, mas foi vetado pelo prefeito que alegou que o projeto é inconstitucional. Na sessão de hoje, os vereadores mantiveram o veto imposto pelo Executivo.