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Brasília (AG) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou irritação com a divulgação da reportagem da edição de fim de semana da revista Veja sobre a suposta doação financeira de Cuba à sua campanha eleitoral em 2002. Em conversas telefônicas com assessores, durante o fim de semana, Lula classificou a notícia como "uma fantasia", expressão que acabou sendo utilizada oficialmente pelo Planalto. Em tom de desabafo, o presidente chegou a considerar a notícia "uma armação" para tentar enfraquecê-lo no momento em que a crise política dá sinais de enfraquecimento. Lula afirmou ainda que a notícia não tinha comprovação.

Por isso, Lula ficou indignado com a primeira reação da oposição, que quer levar a investigação do caso às três CPIs em andamento no Congresso, à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público. Lula discute hoje pela manhã com os ministros do gabinete de crise uma estratégia para neutralizar os ataques de líderes do PFL e do PSDB.

A denúncia

Segundo a revista, a campanha presidencial de 2002 teria recebido US$ 1,4 milhão ou US$ 3 milhões do governo de Cuba. Dois ex-assessores do ministro da Fazenda, Antônio Palocci – Rogério Buratti e Vladimir Poleto – contam que souberam da remessa por Ralf Barquete, outro ex-assessor de Palocci, morto em junho de 2004. A revista afirma que não conseguiu identificar como os recursos entraram no país. Mas, baseada nas entrevistas, conclui que o dinheiro chegou por Brasília em duas caixas de uísque e uma de rum. As duas fontes, porém, dizem que não viram em qualquer momento o dinheiro.

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