Isolados, atos a favor de Dilma e Lula ocorrem pacificamente

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Em um dia em que milhares de pessoas tomaram as ruas para protestar contra o governo de Dilma Rousseff, pequenos atos em apoio à petista e também ao ex-presidente Lula aconteceram pacificamente em cinco capitais do país neste domingo (13). Apenas em Salvador, uma pessoa foi presa.

Em Porto Alegre, movimentos sociais compareceram ao parque Redenção, a partir do meio-dia, onde prepararam um churrasco de coxinhas, em alusão aos “coxinhas” que protestam por todo o Brasil contra os petistas. Segundo a organização, mil pessoas compareceram ao local. A PM gaúcha não confirmou o número de participantes.

No total, foram assados mais de 100 kg de coxa de galinha, que foram vendidas a R$ 2, acompanhadas de pão - para moradores de rua, o alimento era fornecido de graça. Essa é a quarta edição do churrasco desde o ano passado.

Em Pernambuco, na região do Recife, onde a Polícia Militar diz que 120 mil pessoas protestaram contra o governo, cem pessoas participaram de um ato de apoio ao PT na manhã deste domingo.

Organizado pelo Sem Medo de Ser Feliz, o movimento ocorreu na praça do Marco Zero, no bairro do Recife Antigo. Segundo a PM, a manifestação foi pacífica e não foi registrada nenhuma ocorrência.

Essa não foi o único movimento de apoio a Dilma no Nordeste. Em Teresina (PI), cerca de 200 simpatizantes do PT se reuniram na frente da Associação dos Docentes da Adufpi (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí), onde fizeram uma vigília.

Em Fortaleza, apoiadores do Partido dos Trabalhadores se encontraram a partir das 9h na quadra poliesportiva da Parangaba, onde distribuíram panfletos, adesivos e bandeiras. “Estamos aqui para parar os carros e explicar as coisas. Nosso ato será no dia 18 de março, quando vamos juntar mais gente”, disse o presidente estadual do partido, Francisco De Assis Diniz.

Embaixo de uma chuva fina, as participantes saiu em carreata a partir das 11h, por ruas da periferia da cidade. Apesar de alguns gritos contra o grupo, o percurso não teve maiores incidentes.

A Polícia Militar, que destacou 70 homens para fazer a segurança, não confirmou o número de manifestantes. A presidência estadual do PT disse que 872 carros participaram da carreata.

O líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), participou da manifestação. Ele foi citado na Operação Lava Jato, suspeito de receber R$ 95 mil, mas não quis comentar as acusações.

Vitória

Vitória (ES) registrou o único caso de tensão em ato de apoio ao governo. Por volta das 13h, um grupo de 30 a 40 pessoas se reuniu em frente à praça do pedágio -local por onde estava previsto passar a passeata pró-impeachment, que reuniu 120 mil pessoas na capital do Espírito Santo, segundo a PM.

Uma decisão da Justiça Estadual havia proibido no sábado (12) que o protesto, organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), acontecesse no mesmo lugar que a manifestação contra o governo. O pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual para que os dois movimentos não se encontrassem e gerassem conflitos.

A Polícia Militar retirou o grupo do local. Os manifestantes se dirigiram para a frente do prédio da TV Gazeta, afiliada da Rede Globo na cidade, onde se encontraram com mais pessoas. Cerca de cem pessoas protestaram no local.

Salvador

Na Bahia, um militante pró-Dilma foi preso após as paredes da sede da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, serem pichadas. Foi liberado em seguida pela polícia.

Ele e outros militantes favoráveis ao PT realizaram uma passeata nas ruas próximas à emissora no mesmo momento em que ocorriam as manifestações pró-impeachment, na Barra. Nas paredes da emissora e no passeio em frente, escreveram frases como “Ditadura nunca mais” e “Golpe não”.