O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), disse nesta quarta-feira que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), não tem mais condições de continuar no comando da Casa depois da apresentação do cheque emitido pelo empresário Sebastião Augusto Buani, do restaurante Fiorella, que teria sido usado para pagar parte de propina exigida pelo então primeiro secretário da Câmara em 2002.

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- Severino não tem mais condições de presidir a Câmara, tem que se licenciar e responder a processo no Conselho de Ética. A prova documental complicou a sua situação. Não tem mais condição de presidir a Câmara nesse momento, mas tem todo direito de se defender no Conselho de Ética - afirmou.

O líder da Minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), também disse que Severino não tem condição moral de presidir a sessão em que será votado o pedido de cassação do mandato do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).

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- A alma já foi, agora só ficou o corpo. Pode até ter condição legal, mas não tem condição moral de presidir a sessão de hoje - afirmou Aleluia.

O vice-líder do governo Beto Albuquerque (PSB-RS) disse que Severino deve se afastar da presidência e renunciar ao mandato.

- A situação de Severino é insustentável. Qualquer brasileiro com vergonha na cara renunciaria não somente à presidência da Câmara mas também ao mandato - afirmou.

Já o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), que faz parte da tropa de choque de Roberto Jefferson, acha que Severino tem condições de presidir a sessão em que será votado o relatório contra o petebista. Segundo ele, ainda resta a Severino o argumento de que não o cheque não foi pago diretamente a ele.

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