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Nem bem deu os primeiros passos na carreira política, Datena já se desentende com Paulo Maluf. | Carolina Távora/ TV Bandeirantes
Nem bem deu os primeiros passos na carreira política, Datena já se desentende com Paulo Maluf.| Foto: Carolina Távora/ TV Bandeirantes

Após ser criticado pelo deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), cacique do partido ao qual deve filiar-se para concorrer à prefeitura de São Paulo em 2016, o apresentador José Luiz Datena rebateu o correligionário: “É evidente que jamais apertaria a mão dele para qualquer acordo político, nem para ser presidente de time de botão”.

Em entrevista à rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira (30), Datena afirmou que respeita Maluf – ex-prefeito de São Paulo e ex-governador do estado - “como homem”, mas não “como político”.

O pré-candidato à prefeitura também ressaltou a perda de influência de Maluf no diretório paulista do PP: “Acho que já prestei um serviço maravilhoso para o partido, onde ele não manda mais nada”.

Alckmin desconversa sobre apoio a pré-candidatos do PSDB à prefeitura de SP

De passagem nesta quinta-feira (30), por Brasília, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não quis declarar apoio a nenhum dos pré-candidatos do PSDB para a próxima disputa à prefeitura municipal da capital paulista, em 2016. Questionado se apoiaria o nome do empresário João Doria, que se lançou nessa quarta-feira (29), Alckmin respondeu ao jornal O Estado de S.Paulo: “Temos muitos candidatos. Essa questão será resolvida nas prévias do partido”. Além de Doria, o vereador Andrea Matarazzo também já se apresentou como pré-candidato do PSDB ao governo municipal.

Alckmin participou nesta quinta de reunião com os governadores Luiz Fernando Pezão (Rio de Janeiro), Fernando Pimentel (Minas Gerais) e Marconi Perillo (Goiás). O encontro, que ocorreu na sede da Representação do governo do Rio de Janeiro em Brasília, foi uma reunião prévia ao encontro com a presidente Dilma Rousseff, marcado para as 16 horas. Estão previstos ainda outros dois encontros preparatórios entre governadores. Nessas prévias, eles querem afinar o discurso e montar uma pauta de reivindicações para levar à presidente.

O PP é aliado do atual prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT). Durante as eleições de 2012, quando o petista foi eleito, o partido de Maluf negociou apoio a diversos candidatos, mas acabou fechando com Haddad – parceria que rendeu a foto que reúne Maluf, Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta quarta-feira (29), Maluf defendeu a parceria, e disse que o PP não deveria ter candidato próprio. “O PP elegeu Haddad e tem de apoiá-lo à reeleição”, disse o deputado à Folha de S.Paulo.

“Nós temos de ter o mínimo de coerência, e eu sou um homem coerente. Se nós elegemos o prefeito Fernando Haddad (PT), temos de dar o direito dele disputar um segundo mandato”, disse o ex-prefeito de São Paulo.

Em entrevista à Folha na semana passada, logo após confirmar que concorreria à prefeitura paulistana, Datena afirmou que nenhum partido é capaz de controlá-lo.

“Você acha que algum partido é capaz de me controlar? Eu sou um cara que voo por instrumentos que eu programo. Quando não concordei com ideias em emissora de televisão [Record], saí e paguei. Paguei caro, mas paguei. Se as pessoas acham que vão me transformar numa coisa que não sou, elas estão completamente enganadas”, disse.

Antes de fechar com o PP, o apresentador de televisão também foi sondado pelo PSDB, do governador Geraldo Alckmin, e pelo PSB, do vice-governador Márcio França.

Em 2012, durante a campanha à Prefeitura de São Paulo, Datena criticou o então candidato, hoje deputado, Celso Russomanno (PRB), que também apresenta um programa na televisão.

“O fato de o cara ter popularidade necessariamente não vai significar que ele é um bom administrador ou que tenha credibilidade”, escreveu Datena no jornal “Metro”, que pertence ao grupo Bandeirantes. O título do texto era “Urna não é Televisão nem Igreja”.

Em outras ocasiões, Datena também mostrou-se contrário a celebridades da televisão que concorrem a cargos públicos. Na entrevista à rádio Gaúcha, questionado sobre o assunto, o apresentador limitou-se a justificar a mudança de posição afirmando que o cenário no país mudou desde então.

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