A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) disse ontem ser muito clara a possibilidade de que o presidente João Goulart (1961-1964) tenha sido assassinado em seu exílio na Argentina, em 1976. Rosário fez a declaração em audiência da Comissão Nacional da Verdade em Porto Alegre e defendeu que o caso seja apurado "a fundo". Oficialmente, Goulart, deposto no golpe de 1964, morreu de ataque cardíaco. A família diz acreditar que ele tenha sido envenenado em uma ação conjunta de forças de vários países. Na década passada, um ex-agente uruguaio já havia declarado que testemunhou o suposto plano.
"Há indícios que não podem ser desconhecidos da responsabilidade da Operação Condor [aliança entre ditaduras da América do Sul] com aquilo que não podemos fechar os olhos, que é a possibilidade muito clara de que o presidente João Goulart tenha sido assassinado", disse a ministra, para quem a necessidade de exumação dos restos mortais de João Goulart deve ser analisada. A família de Jango encaminhou à comissão uma série de pedidos de providências, como tomar depoimentos de autoridades estrangeiras.
Empresários
Ex-marido da presidente Dilma Rousseff, o ex-deputado estadual gaúcho Carlos Araújo defendeu que a Comissão Nacional da Verdade investigue "empresários brasileiros" que tiveram relações com o regime militar. Araújo, de 75 anos, foi preso político no Rio Grande do Sul e depôs à comissão em Porto Alegre. "Quando [a comissão] disse que deve apurar tudo, do torturador ao general, entendi que nisso estão também os empresários brasileiros, o núcleo da Fiesp", disse ele.
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