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Deputado Fernando Francischini não será investigado pelo STF. | Antônio More/Gazeta do Povo
Deputado Fernando Francischini não será investigado pelo STF.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O deputado federal Fernando Francischini (SD) não será investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conforme pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele havia sido citado pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em delação premiada

A decisão de arquivar os assuntos relacionados ao deputado se deve ao fato de o lobista Júlio Camargo, também delator da Lava Jato, ter afirmado que desconhecia o envolvimento de Francischini nos delitos.

Segundo nota da Procuradoria-Geral da República (PGR), Janot explica que “prevalece a máxima de que a mera referência a terceiros em conversa alheia desacompanhada de outros elementos de convicção e em aparente conflito com a versão dos colaboradores mencionados não autorizam a realização de investigação”.

Conforme trechos da delação de Delcídio vazados pela revista IstoÉ no início de março, Francischini era um dos parlamentares que cobraram “pedágio” de empreiteiros para que eles não fossem convocados na CPI da Petrobras.

À época, Francischini afirmou que as denúncias eram falsas e que o ex-senador o havia incluído na delação por vingança, já que foi ele quem convocou Delcídio do Amaral na CPI da Petrobras três vezes e também na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

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O deputado disse ainda que teria enviado extratos telefônicos e outros documentos para mostrar que não tinha relação com as pessoas citadas e que não estava em Brasília quando eram realizados os supostos jantares em que eram cobrados os pedágios.

“Ele tentou me ferrar, mas me misturou com um monte de gente que não tem nada a ver comigo. Errou a mão, e agora o próprio governo vai ter interesse em me defender para mostrar que ele mentiu na delação”, declarou ao blog Caixa Zero.

Inquérito

Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para apurar o envolvimento do ex-senador e atual ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rego, e do deputado federal Marco Maia no esquema. Segundo o procurador, o relato de Delcídio é confirmado por Julio Camargo e os parlamentares serão investigados pelos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro.

Com relação ao envolvimento do ex-senador Gim Argello, também citado por Delcídio como participante do mesmo esquema, Janot pediu à 13ª Vara Federal de Curitiba que enviasse cópias das informações apuradas no inquérito que já investiga Argello por outros crimes a ele atribuídos. Conforme o procurador, as investigações que dizem respeito ao ex-senador poderão ser unidas no futuro.

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