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No Congresso, circula a informação de que a Procuradoria prepara um pedido ao Supremo Tribunal Federal para afastar Cunha do cargo. | Wilson Dias/Agência Brasil/Fotos Públicas
No Congresso, circula a informação de que a Procuradoria prepara um pedido ao Supremo Tribunal Federal para afastar Cunha do cargo.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Fotos Públicas

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quinta-feira (3) a deputados do Conselho de Ética da Câmara que vai repassar ao órgão dados da investigação sobre as contas que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ocultou no exterior.

Janot recebeu em seu gabinete o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), o vice, Sandro Alex (PPS-PR), e o relator do processo de cassação do presidente da Câmara, Fausto Pinato (PRB-SP).

De acordo com os deputados, o procurador-geral afirmou que as investigações sobre o patrimônio de Cunha no exterior não estão sob sigilo e serão compartilhadas com o Conselho.

Segundo os relatos, Janot afirmou ainda que está acompanhando de perto as movimentações de Cunha para barrar o seu processo de cassação. “Ele falou que se a gente tiver qualquer relato importante nesse sentido, que leve até ele”, disse Sandro Alex.

No Congresso, circula a informação de que a Procuradoria prepara um pedido ao Supremo Tribunal Federal para afastar Cunha do cargo. Partidos adversários do peemedebista já entraram com representação na Procuradoria pedindo essa ação.

DELCÍDIO

No encontro desta quinta, porém, Janot relatou aos deputados que o pedido que resultou na prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o primeiro caso de um congressista depois da ditadura militar, foi precedido de um debate interno que durou 24 horas.

Usando esse exemplo, Janot teria dito que uma ação contra Cunha necessita de uma “robustez muito grande”, mas que ele está acompanhando de perto o que os adversários do presidente da Câmara classificam como uso do cargo em benefício próprio.

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